Texto: José Alex Gandum | Foto: Motosport
No entanto, e em especial nos últimos anos, associações ambientalistas têm chamado a atenção para os graves impactos ambientais que o Rally Dakar tem provocado nalguns territórios, em especial nalgumas províncias argentinas.
A Fundação do Ambiente e Recursos Naturais (FARN), da Argentina, tem alertado todos os anos para os graves problemas ambientais que o Rally Dakar tem provocado em território argentino.
Este ano são 13 as províncias argentinas que vão ver passar os carros, os camiões, as motas e todo o staff que completa o mais longo e duro rally todo-o-terreno do mundo.
Existe mesmo um organismo na Argentina - Conselho Federal de Meio Ambiente (COFEMA) - destinado a recolher informação sobre os impactos ambientais do Rally Dakar, informação essa que depois deveria ser divulgada junto dos organismos competentes (a fim de actuarem) e para a comunicação social.
Mas apesar do Cofema ter manifestado em diversas ocasiões preocupação pelos graves impactos que esta competição tem causado, em particular em reservas naturais e sítios arqueológicos, esse organismo tem-se recusado a fornecer os dados apurados.
A acusação é feita pela Farn, que adianta que a falta de resposta por parte dos organismos oficiais tem impedido as associações ambientalistas e os cidadãos interessados em geral em ficar a saber quais os reais danos ambientais que a adopção do Rally Dakar por parte daquele país da América do Sul está a provocar.
Por outro lado, a prova automobilística cruza diversos territórios, como as designadas pré-comunidades indígenas, as quais não têm sido consultadas para obter delas autorização ou não para a passagem da prova.
E isto apesar de haver tratados internacionais que a isso obrigam. Segundo a FARN, «ninguém controla esta competição, nem a nação nem as províncias por onde passa o Rally, deixando o nosso património natural e cultural nas mãos de companhias que estão na organização, unicamente motivadas pelo sucesso económico da prova».
Refira-se que o Rally Dakar movimenta milhares de pessoas, entre concorrentes, staff de apoio e pessoal da organização, e atrai milhões de espectadores aos locais de partida e chegada das etapas, assim como ao longo dos percursos.
A prova de 2017 começa hoje em Assuncão, capital do Paraguai, vai passar por La Paz, capital da Bolívia, e terminará no dia 14 de Janeiro em Buenos Aires, capital da Argentina.
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