A Ordem dos Engenheiros (OE) considera «imperioso e urgente a tomada de medidas adequadas e eficazes que concorram para uma correcta gestão do território e para a organização dos serviços públicos e demais entidades que têm intervenção directa, assentes em políticas que se requerem preventivas e menos reactivas, baseada numa mudança de paradigma, por forma a garantir um adequado planeamento das acções e da alocação de recursos».
Desta forma, a OE afirma que «a dimensão do problema e as suas consequências obrigam a que se repense seriamente a necessidade da profissionalização das actividades de ordenamento e de gestão florestais, questão que é determinante para a preservação da floresta e para a segurança dos cidadãos».
«Menosprezar e não assumir a necessidade do envolvimento de profissionais qualificados, permitindo que a floresta nacional continue a ser gerida de forma arbitrária e parcelada pelos muitos milhares de proprietários ou por outros agentes que não detêm capacidade financeira e conhecimento específico para o efeito, é pactuar com a mais que evidente possibilidade de repetição das calamidades vividas nestes fatídicos meses de 2017 e com a continuação do abandono de vastas áreas do território», lê-se na missiva.
A Ordem refere ainda que o Relatório produzido pela Comissão Técnica Independente, constituída por académicos e engenheiros altamente competentes e qualificados, «veio trazer à evidência que se existem competências para analisar as causas e as razões da calamidade, também existirão para efectuar diagnósticos e apontar medidas e planos de acção que permitam mitigar e reduzir as consequências futuras de outros eventos da mesma natureza».
«A floresta não pode ser encarada como um problema que todos os anos gera vagas de incêndios e climas de acrescida ansiedade sazonal, mas sim como um valioso recurso ambiental e económico, produtor de matéria-prima transaccionável e com elevado valor energético, que requer uma gestão cuidada», salienta a OE.
oinstalador.com
O Instalador - Informação profissional do setor das instalações em Portugal