Texto: Acréscimo [Associação de Promoção ao Investimento Florestal]
Será que a não inversão, nos últimos dois anos, de um processo de descapitalização humana, material e financeira dos serviços florestais do Estado não foi estratégico para o anúncio, agora, da criação de uma empresa para gerir o que tais serviços gerem?
Quais as garantias de uma boa gestão de uma empresa face à dos serviços florestais do Estado? A justificação que possa ser dada para a empresa não se aplica aos serviços florestais do Estado?
Antes da descapitalização, nas últimas décadas, o desempenho destes últimos atingia a excelência.
Uma nova empresa, existindo já uma entidade empresarial pública de gestão de património do Estado, a Lazer e Floresta, S.A., terá por justificação a criação de mais um conselho de administração e de mais postos de trabalho?
Se assim for, qual o motivo para o não investimento dos montantes inerentes nos serviços florestais do Estado?
A gestão pública da Lazer e Floresta tem-se traduzido em quê para o benefício da Sociedade? Tanto quanto se sabe tem servido apenas para dar solidez à existência de uma bolsa de terras.
Não deixa de ser curioso que, o anúncio ocorra hoje e não entre junho de 2011 e novembro de 2015. Mais, é ainda mais estranho que o anúncio ocorra num Governo apoiado à Esquerda.
Não estará a criação desta empresa associada a uma posterior processo de privatização da mesma?
Afinal de contas, esta tem sido uma situação recorrente no País, mesmo antes de 20 de junho de 2011.
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