Na aldeia de Ferraria de São João, que está a desenvolver um projecto local de defesa contra incêndios, o governante salientou que, «no âmbito da discussão do próximo quadro comunitário», terá se de «olhar com muito mais atenção para os temas ligados à floresta».
«A importância da floresta e de uma reabilitação e reflorestação do país é decisiva e deve constituir uma das prioridades maiores do país nos próximos anos», sublinhou.
O ministro visitou o projecto Zona de Protecção Ambiental da aldeia de Ferraria de São João, que esteve cercada pelas chamas do incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande no dia 17 de Junho e que provocou 64 mortos, segundo os dados oficiais.
Desenvolvido pela associação de moradores local, o projecto, já em fase adiantada de concretização, consistiu no corte dos eucaliptos numa faixa de 100 metros em redor do aglomerado habitacional e na sua substituição por árvores autóctones, de forma ordenada.
Foi também aplicada a gestão conjunta e sustentável dos terrenos desta zona.
Em cerca de quatros meses, os moradores da aldeia conseguiram reunir 77 proprietários de 255 parcelas de terreno e avançar com o projecto de criação de uma faixa de protecção, que envolve um orçamento variável entre os 100 e os 150 mil euros, de acordo com Pedro Pedrosa, um dos mentores da iniciativa.
«[Hoje] aprendemos a importância da liderança local, da articulação com as autarquias e do apoio do Estado. Este é um projecto que ganhou uma dinâmica própria, que demonstra o que pode ser uma aldeia no meio de um território rural, que atrai população, que é resiliente às agressões destas ameaças dos incêndios e um exemplo absolutamente extraordinário de como se cria uma dinâmica local», disse Pedro Siza Vieira.
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