A revista científica 'Science Advances' publicou na semana passada um estudo que revela um aumento de 2,2% ao ano das superfícies iluminadas em todo o mundo, tanto em extensão como em intensidade.
Isto explica-se pelo facto de o aumento da eficiência da iluminação e a redução do seu custo gerar um aumento no consumo, em vez de uma diminuição, pois as regiões escuras começam a acender ou a iluminação é programada a partir do Pôr-do-Sol.
O aumento constante da iluminação nocturna levou metade da Europa e um quarto da América do Norte a sofrer uma espécie de "perda nocturna" generalizada, com a consequente modificação dos ciclos diurnos e nocturnos.
Os resultados do estudo agora divulgado mostram um aumento significativo da iluminação na América do Sul, na Ásia e em África, declínio da iluminação em regiões ou países onde há conflitos armados, como a Síria ou o Iémen, e a estagnação em países como os EUA, Itália ou Espanha.
Os especialistas dizem que é necessário explorar as possibilidades das imagens tiradas pelos astronautas da estação orbital espacial internacional para medir o real impacto, embora os dados actuais sejam suficientes para perceber que o aumento da iluminação é algo negativo para a sustentabilidade da Terra.
A médio prazo a iluminação artificial deverá continuar a aumentar, com implicações graves em certas regiões da Terra que ainda têm ciclos naturais de dia e de noite.
Segundo os cientistas, a poluição luminosa ameaça 30% dos vertebrados e 60% dos invertebrados nocturnos, tem efeitos sobre a vida selvagem, flora e microrganismos, podendo ainda ter impactos negativos na saúde humana.
Os especialistas defendem que é necessário realizar um controle de emissões de luz como é feito com as emissões de CO2, adiantando que o LED âmbar pode ser a solução mais prática para o problema da sobre-iluminação no planeta.
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