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APREN e ZERO reclamam forte expansão das renováveis para 2018

Revista O Instalador08/01/2018
A APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis e a ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável fazem um balanço do sector em 2017 e apelam à aposta consistente nas energias endógenas e renováveis como forma de aumentar a autonomia energética do país, em linha com os objectivos de descarbonização do Acordo de Paris, que passam por limitar o aumento da temperatura no planeta a 2,0 ºC.
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«2017 foi um ano cheio de desafios para o sector electroprodutor, pois a condição de seca extrema que se fez sentir na grande maioria do ano, veio demonstrar a importância e a necessidade de um mix energético diversificado, no qual as interligações com o exterior e a bombagem hidroeléctrica tiveram um papel fundamental de regularização de preços e de segurança de abastecimento», salientam as associações, em comunicado.


A produção de electricidade a partir de fontes renováveis em Portugal Continental representou apenas 44 % do consumo de electricidade, tendo, porém, acrescentado importantes ganhos para a economia do sector, dos quais sobressaem:


- A redução do preço médio da electricidade transaccionada no mercado grossista da ordem dos 18,3 €/MWh, o que representa um benefício para o consumidor em 2017 de 727 M€;


- Poupanças na importação de 770 M€ de combustíveis fósseis, e consequentemente aumento da auto-suficiência energética;


- O evitar da emissão de 8,5 milhões de toneladas de CO2, 82,5 mil toneladas de CH4 e 8,25 toneladas de N2O, entre outros componentes gasosos.


A eólica foi a tecnologia renovável que gerou mais electricidade - 11,9 TWh, seguida da electricidade de origem hídrica (7,3 TWh), da bioenergia (2,8 TWh) e da solar fotovoltaica (0,8 TWh).


António Sá da Costa, Presidente da APREN, afirma que «os benefícios das renováveis superaram largamente, mais uma vez, os seus custos colocando-as como a solução mais custo-eficaz para o sistema eléctrico nacional. Contudo, em 2017, os acréscimos de nova potência foram residuais, especialmente no caso da solar, que só cresceu 3%».


«Assinalo o ano histórico da bombagem hidroeléctrica resultante da plena exploração dos novos aproveitamentos de V. Nova III e de Foz Tua, o que permitiu nivelar preços de mercado e evitar situações de eventual ruptura de abastecimento», defende António Sá da Costa.


Por seu lado, Francisco Ferreira, Presidente da ZERO, considera que «Portugal tem de investir muito mais na eficiência energética e nas energias renováveis para ser neutro em carbono em 2050 e esse investimento tem de ser fortemente acelerado. O aproveitamento da energia solar é crucial e é preciso informar, simplificar e ultrapassar os obstáculos que impedem termos muito mais edifícios com telhados preenchidos com painéis fotovoltaicos ou no caso de grandes parques solares dando preferência a áreas sem outra utilização significativa».


«É fundamental assegurar que os investimentos sejam feitos de forma sustentável do ponto de vista ambiental, não explorando a biomassa com qualidade para outras utilizações industriais mais relevantes no contexto da economia circular ou destruindo floresta importante na retenção do carbono», reforça Francisco Ferreira.


Emissões record em 2017


As emissões associadas à produção de electricidade não renovável no ano de 2017, foram de aproximadamente 19,4 milhões de toneladas de dióxido de carbono, um aumento de cerca de 4 milhões de toneladas em relação ao mesmo período do ano passado (+25%). Com os efeitos da seca na produção de electricidade e com grandes áreas ardidas, o ano de 2017 é o ano com maiores emissões de gases com efeito de estufa em Portugal desde o início da década. Em 2017 por cada kWh consumido foi emitido 360 g de CO2.


Em suma, o acréscimo de emissões entre 2016 e 2017 foi da ordem dos 20%, resultante dos incêndios (+7,1 milhões de toneladas) e do aumento da produção de electricidade de origem fóssil.


Perspectivas para 2018


A APREN e a ZERO consideram que é importante consolidar e alargar a integração de novas energias endógenas e renováveis no nosso mix energético pois só assim se conseguirá maior segurança de abastecimento, menor dependência da volatilidade de preços dos combustíveis fósseis importados e a minimização das emissões.


Para 2018 aguarda-se, em particular e com grande expectativa, um grande desenvolvimento da electricidade solar fotovoltaica e da bioenergia, condições essenciais para o aproveitamento do elevado potencial do nosso País na irradiação solar e na biomassa florestal.


No caso da solar fotovoltaica é de salientar a continuada e importante redução de preço nos últimos anos - cerca de 7 vezes, nos últimos 10 anos - o que coloca esta tecnologia no ranking das mais competitivas. É pois, importante que, em 2018, Portugal se possa posicionar como impulsionador desta tecnologia através de políticas e condições legislativas que promovam o seu desenvolvimento.


Por outro lado, os incêndios devastadores de 2017, realçam a necessidade de um melhor ordenamento do território e de um efectivo sistema de recolha da biomassa exclusivamente residual. Nesse sentido, ambas as associações saúdam o novo Plano Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios, que prevê, entre outras iniciativas, o desenvolvimento de novas centrais a biomassa, distribuídas pelos concelhos de maior potencial, antecipando-se que 2018 seja marcado por uma exploração sustentável da bioenergia nacional.


Descarbonização da Economia


Espera-se que, na sequência do anúncio da adesão de Portugal à “ Powering Past Coal Alliance ”, aliança criada na COP23, em que os seus subscritores se comprometem a encerrar as suas centrais térmicas a carvão até 2030, e com a declaração por parte dos nossos Primeiro-Ministro e Ministro do Ambiente do objectivo da neutralidade carbónica em 2050, o ano de 2018 seja marcado por acções e medidas concretas com uma maior ambição climática, em linha com o objectivo traçado, que potenciem a transição para uma economia livre de carbono.

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