No relatório mensal sobre o mercado petrolífero, a Agência Internacional de Energia (AIE) diminuiu as previsões da procura global para este ano para 96,1 milhões de barris por dia, menos 100 mil barris diários que traduz um aumento de 1,3 milhões de barris diários face a 2015.
Em 2015 o acréscimo do consumo de petróleo mundial face ao exercício precedente tinha sido de 1,6 milhões de barris por dia.
Para 2017, o consumo será de 97,3 milhões de barris, apenas mais 1,2 milhões de barris por dia do que em 2016 e que traduz uma revisão em baixa de 200 mil barris face à previsão da organização efectuada em Agosto.
Esta revisão resulta em primeiro lugar da constatação dos dados do terceiro trimestre, durante o qual o acréscimo do consumo, que foi de 1,4 milhões de barris diários em termos homólogos no segundo trimestre, foi apenas de 0,8 milhões de barris por dia no terceiro trimestre, a taxa mais baixa
Os autores do estudo destacam que os principais pilares nos últimos tempos da expansão do consumo, que foram a China e a Índia, cada vez o são menos, e que as preocupações sobre os países em desenvolvimento estão a pesar.
Na Europa há uma descida no terceiro trimestre devido à queda das entradas de petróleo na França, Finlândia e em Itália.
A AIE sublinha que em termos gerais, depois de mais de um ano durante o qual o barril oscilou em torno dos 50 dólares, o preço baixo está a deixar de ser um incentivo para aumentar a procura.
A organização também sublinha o aparente paradoxo de que apesar do afundamento dos investimentos na extração devido aos baixos preços do petróleo, a oferta da OPEP (Organização de Países Exportadores de Petróleo) se esteja a expandir.
Assim, a AIE refere que não espera que a dinâmica da oferta mude significativamente nos próximos meses, prevendo que continue a ser superior à procura até pelo menos à primeira metade de 2017.
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