A cultura de usar e deitar fora materiais como o plástico tem de acabar, defende a associação ambientalista Zero, que espera que a estratégia europeia que é anunciada esta terça-feira acabe com o descartável e promova a reutilização.
«A União Europeia terá os cidadãos do seu lado, se tiver a coragem de tomar medidas concretas e eficazes para reduzir o uso de plástico, em particular as suas utilizações descartáveis», afirma a associação em comunicado divulgado na véspera da divulgação da estratégia para lidar com o problema do plástico.
Existem 150 milhões de toneladas de plástico actualmente, uma montanha que não para de aumentar anualmente e que consome 06% de toda a produção de petróleo, poluindo mares, peixe e contribuindo tanto para o aquecimento global como todo o sector da aviação.
Para a Zero, é preciso «a redução da procura para que haja uma clara redução da oferta», com penalizações para o uso de materiais descartáveis e aposta em «soluções duráveis, que permitam a reutilização e a reparação».
Essa aposta é aplicação do princípio da economia circular, em que os materiais e os produtos podem voltar a entrar na cadeia de consumo, com o mínimo desperdício.
A Zero espera ainda que no documento, que vai ser apresentado pela Comissão Europeia na terça-feira, se desincentive «a cultura do uso descartável, qualquer que seja o material».
«A solução não está em substituir o plástico por outros materiais e manter os mesmos hábitos de produção e consumo de utilização única, mas antes, alterar o paradigma e estimular o uso de materiais duráveis e reutilizáveis», considera a associação.
Os cidadãos partilham esta preocupação, afirma a Zero, citando números do Eurobarómetro de Novembro passado, segundo os quais «87% dos europeus estão preocupados com o impacto do plástico no ambiente (91% em Portugal) e três em cada quatro (74%) estão preocupados com os impactos que este material pode ter na sua saúde (77% em Portugal)».
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