Texto: José Alex Gandum
Num método descrito pela edição de Fevereiro de 2018 da revista 'Nano Energy', investigadores da Universidade Estadual de Washington, nos EUA, encontraram uma maneira de gerar hidrogénio a partir da água, com o objectivo de tornar esta energia limpa mais viável.
A conversão e armazenamento de energia é uma chave para a economia de energia limpa. Como as fontes solares e eólicas produzem energia de forma intermitente, há uma necessidade crítica de armazenar e salvar a eletricidade que eles criam. Uma das idéias mais promissoras para o armazenamento de energia renovável é usar o excesso de eletricidade gerada a partir de fontes renováveis para dividir a água em oxigénio e hidrogénio. O hidrogénio tem inúmeros usos na indústria e pode ser usado para alimentar carros com células de combustível de hidrogénio.
No entanto, as indústrias não utilizaram amplamente o processo de divisão da água devido ao custo proibitivo dos catalisadores de metais preciosos que são necessários, geralmente platina ou ruténio. Muitos dos métodos para dividir a água também requerem muita energia, ou os materiais catalíticos necessários são frágeis e quebram-se muito rapidamente.
Investigadores, liderados pelo professor Yuehe Lin na Escola de Engenharia Mecânica e de Materiais, usaram dois metais abundantes disponíveis e baratos para criar uma nanoespuma porosa que funcionou melhor do que a maioria dos catalisadores actualmente em uso, incluindo aqueles feitos com metais preciosos. O catalisador que criaram parece uma pequena esponja. Com a sua estrutura atómica única e muitas superfícies expostas ao longo do material, a nanopartícula pode catalisar a reacção importante com menos energia do que outros catalisadores. O catalisador mostrou pouca perda de actividade num teste de estabilidade de 12 horas.
"Fizemos uma abordagem muito simples que poderia ser facilmente usada na produção em larga escala", explicou Shaofang Fu, um aluno da referida Universidade, que sintetizou o catalisador e fez a maioria dos testes de actividade. Os cientistas procuram agora um suporte adicional para expandir o seu trabalho para testes em grande escala, o que se prevê aconteça mais depressa do que o esperado pois já há empresas interessadas na produção deste tipo de energia limpa, segundo a publicação mencionada.
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