«Pusemos, há cerca de um mês, um grupo de funcionárias a sinalizar todos os edifícios e a fazer o cadastro de cada edifício com a fotografia do edifício e a ocupação que tem. (...) Este trabalho está a ser feito e vamos depois fazer chegar ao presidente da câmara um dossier com o cadastro dos edifícios do centro histórico do Porto», afirmou António Fonseca, presidente daquela união de freguesias.
O anúncio foi feito na sessão ordinária desta segunda-feira da Assembleia Municipal do Porto, onde o autarca constatou que durante 30 anos, mesmo com edifícios muito degradados, não havia incêndios.
«Isto é para reflexão de todos nós. Durante 30 anos, havia muitos edifícios do centro histórico do Porto, completamente degradados, alguns devolutos, com instalações elétricas sem segurança nenhuma e não havia incêndios. Curiosamente, de um momento para o outro, em alguns edifícios, alguns deles em melhores condições que outros que já foram intervencionados, passou a ver incêndios», disse.
Sublinhando que pretende apenas uma reflexão sobre o tema, António Fonseca, foi claro ao afirmar que «alguma coisa se está a passar».
O autarca explicava que, no caso da casa onde nasceu o escritor Almeida Garrett, no Porto, o edifício que foi destruído por completo no incêndio que deflagrou no sábado, já estava desabitado há dois anos.
O incêndio, de causas desconhecidas, aconteceu um mês depois de a Câmara do Porto ter anunciado estar a ponderar adquirir o edifício que já se encontrava devoluto para fazer nascer ali o Museu do Liberalismo.
O autarca revelou ainda que a junta vai visitar todos os edifícios que têm «só idosos», precisamente, sublinhou, para sinalizar aqueles que não tem qualquer acompanhamento.
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