Falar de Gestão Técnica Centralizada (GTC) é falar de eficiência nos consumos, de otimização de recursos mas também na automatização de processos em relação a um edifício. A poupança para os utilizadores é, cada vez mais, um ganho inigualável. Na edição impressa de outubro da nossa revista leia um dossier temático sobre o tema e fique a par da importância cada vez maior da GTC no mercado da Construção e do AVAC.
A GTC é hoje uma resposta cada vez mais utilizada no mercado, com várias empresas a colocar ao dispor dos utilizadores as mais eficientes ferramentas no controlo e monitorização dos equipamentos de um edifício.
É bom também lembrar que o potencial de poupança num edifício vai para além da qualidade do projeto, instalações e recurso às renováveis. A GTC pode, pois, acrescentar uma poupança no consumo e é encarada hoje como um elemento essencial na estratégia de eficiência energética de um edifício.
Falar de GTC é, pois, falar uma gestão integrada e eficiente de vários níveis de utilização de um edifício. Desde o controlo de circuitos de iluminação, passando pela gestão das unidades de climatização, controlo da temperatura da rede de distribuição de água aquecida e/ou arrefecida com base nas reais necessidades da instalação, acabando na monitorização e gestão dos consumos energéticos.
Os ganhos no consumo da energia podem ser obtidos com a otimização de uma série de funções. Por exemplo, nos sistemas de climatização estes podem ser atingidos com o ajuste da temperatura no “setpoint” no sistema de climatização, a programação horária das máquinas de produção térmica e dos propulsores de distribuição de acordo com as reais necessidades de carga térmica dos edifícios, a gestão do comando alternativo dos chillers e das bombas de calor ou da entalpia e da humidade do ar ou a integração do controlo de produção de energias renováveis, cogeração e redes de distribuição de calor/frio.
Os resultados são uma redução dos consumos e, em consequência, da fatura energética, menos emissões de CO2 e, também, uma melhoria no nível de conforto dos ocupantes do edifício.
Importante e decisiva nesta matéria é a Diretiva (UE) 2018/844 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 30 de maio de 2018, relativa ao desempenho energético dos edifícios, a chamada EPBD, e que pode ler mais à frente neste dossier num artigo exclusivo da Associação Portuguesa das Empresas dos Setores Térmico, Energético, Eletrónico e do Ambiente (APIRAC). A associação aborda a temática dos edifícios com necessidades quase nulas de energia (NZEB), sejam eles novas construções (obrigatório em edifícios públicos a partir de 1 de janeiro de 2019 e em edifícios privados a partir 1 de janeiro de 2021) ou grandes reabilitações nos edifícios existentes.
Recorde-se que esta mesma Diretiva realça o papel determinante da automatização dos edifícios para se atingir essa classificação NZEB, criando um indicador de aptidão para tecnologias inteligentes (SRI – Smart Readiness Indicator), a ser adotado para medir a capacidade dos edifícios para utilizar tecnologias de informação e comunicação e sistemas eletrónicos com vista a adaptar o funcionamento do edifício às necessidades dos ocupantes e à rede, bem como para melhorar a sua eficiência energética e o seu desempenho global.
oinstalador.com
O Instalador - Informação profissional do setor das instalações em Portugal