Desde o lançamento, em 2009, o Smartcity Living Lab, liderado pela Endesa, recebeu visitas de quatro continentes
Mobilidade elétrica, energia renovável integrada em redes de distribuição, armazenamento, poupança energética e gestão integrada. As tecnologias associadas às Smart Grids são hoje uma constante e um bem necessário para que a transição energética para um modelo livre de emissões se torne uma realidade. O Living Lab da Smartcity Málaga, liderado pela Endesa, é um ecossistema de inovação implementado na cidade de Málaga, em Espanha, com vista a testar soluções para a construção das cidades do futuro. O grande objetivo: conseguir uma análise mais completa e conclusões que possam contribuir, com eficácia, para a criação de uma cidade modelo com grandes possibilidades.
Desde a geração distribuída até às telecomunicações, passando pela telegestão e a automatização da rede, a Smartcity Málaga reúne todas as tecnologias das redes inteligentes ou smart grids num ambiente real e vivo: é aqui que surge a principal diferença entre o Living Lab de Smartcity Málaga e o resto das iniciativas de outras smart cities.
A cidade de Málaga foi escolhida por estar em constante crescimento a nível de infraestruturas, ideal para testar e validar produtos e serviços. Aqui foi possível contar com o apoio da Câmara Municipal de Málaga, a Junta da Andaluzia e o Centro para o Desenvolvimento Tecnológico Industrial, ou CDTI na sigla espanhola.
Este Living Lab faz parte do ecossistema de investigação e desenvolvimento de soluções para a distribuição de eletricidade do grupo Enel. Além de Málaga, o grupo Enel tem outros Living Labs em locais como Savona, Bari e Milão, em Itália, onde também se estudam e testam produtos e serviços num ambiente real.
Desde 2009, a Smartcity de Málaga funciona como um laboratório real com o intuito de encontrar um modelo energético mais eficiente e amigo do ambiente e fomentar a inovação necessária em direção a um futuro energético sustentável.
Existem dois tipos de projetos desenvolvidos em Málaga. Por um lado, os projetos focados na validação de produtos, serviços e tecnologias associadas a diferentes unidades de negócio da empresa. Por outro, os projetos apoiados por consórcios formados por organizações dedicadas à investigação e empresas privadas como a IBM, a Alstom ou a Telefónica, que se focam no desenvolvimento de tecnologias que sirvam para o desenvolvimento de novos produtos.
Entre os projetos desenvolvidos destacam-se o Green eMotion, o ZEM2ALL e o Victoria. Atualmente, existem vários projetos em curso, como o MONICA, o PALOMA, o Flexiciency e o Smart Terminal. Com eles pretende-se encontrar soluções que melhorem a rede atual, focando várias áreas de ação:
• a monitorização e controlo das redes de distribuição de média e baixa tensão, o estudo da perda de energia na rede e o impacto da carga rápida dos autocarros elétricos nas redes de baixa tensão;
• a integração de uma micro rede elétrica no passeio marítimo de Málaga com o intuito de gerir e analisar toda a geração, armazenamento e consumo energético.
Recorde-se que o secretário de Estado da Energia português, João Galamba, deslocou-se no início de julho de 2019 à cidade de Málaga para conhecer a Smart City Living Lab da Endesa e os inovadores projetos ali desenvolvidos desde 2009.
A visita do governante português, feita a convite do diretor geral da Endesa em Portugal, Nuno Ribeiro da Silva, teve como objetivo demonstrar às autoridades portuguesas a “expertise” da Endesa relativamente aos desafios ambientais e os benefícios destes projetos para todos os cidadãos.
O secretário de Estado começou a sua visita pelo Centro de Controlo e Monitorização do projeto Smartcity Málaga onde conheceu os projetos e pesquisas liderados pela Endesa no Smartcity Living Lab, como o recém-inaugurado Projeto PASTORA — de redes inteligentes –, Zem2All — de mobilidade elétrica — ou Flexiciência — Flexibilidade aplicada à gestão de infraestruturas e ativos do sistema de eletricidade e produtos e serviços orientados para utilizador.
João Galamba inteirou-se também das vantagens da microrede do Smartcity Living Lab, onde a iluminação pública LED é alimentada por tecnologias de geração renovável distribuídas localizadas ao nível da rua, tanto solar fotovoltaica quanto mini-eólica, com o suporte de um sistema de armazenamento de energia por bateria e ponto de recarga para carga e descarga de veículos elétricos.
Após a sua visita, o secretário de estado da Energia afirmou ter sido importante «ficar a conhecer o melhor que se faz em projetos de Smart City de redes de distribuição pois Portugal vai lançar em breve leilões para a concessão das redes de distribuição de eletricidade de baixa tensão». João Galamba acrescentou ainda que «queremos fazer algo parecido em Portugal».
Já para Nuno Ribeiro da Silva, diretor geral da Endesa em Portugal, referiu que o interesse do Governo português nestes projetos desenvolvidos pela Endesa demonstra que a empresa está no caminho certo relativamente a respostas aos desafios ambientais e que e tem experiência comprovada na gestão e implementação das «novas redes elétricas, adaptadas aos desafios decorrentes das mudanças tecnológicas», como a «mobilidade elétrica ou interação com os clientes».
Desde o seu lançamento em 2009, o Smart City Living Lab, liderado pela Endesa em Málaga, recebeu visitas de quatro continentes. Entre eles, órgãos reguladores de países como Peru, Brasil, Argentina ou Chile, além de Espanha; delegações de empresas do México, Japão, Mongólia, Noruega, Coreia do Sul, África do Sul, Austrália, Reino Unido, Finlândia, Tailândia, China, Moldávia, França, Tunísia, Egito, Sudão, Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos; delegações da União Europeia e analistas de investidores internacionais.
Da mesma forma, mudaram-se para este ambiente inovador empresas do setor elétrico do Uruguai (UTE), Malásia (TNB), Quênia (KPLC), República Tcheca (CEZ), Lituânia (Lesto), Filipinas (Meralco), Paraguai, Marrocos e França (EDF), bem como universidades de Itália, EUA, Alemanha, Bélgica, Dinamarca e Áustria.
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