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Dados foram revelados pela Quercus

Venda de um milhão de veículos elétricos na Europa no próximo ano

09/09/2019

Após anos de esforços reduzidos, os fabricantes automóveis estão finalmente a preparar-se para lançar, no mercado, a diversidade de modelos mais eficientes e veículos elétricos mais acessíveis para cumprir a legislação europeia de emissões de CO2.

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O relatório publicado pela Federação Europeia dos Transportes e Ambiente (T&E), da qual a Quercus é membro efetivo, estima que em 2020 poderão ser vendidos um milhão de VE (veículos elétricos a bateria e veículos plug-in) [1], permitindo a consolidação, no segundo lugar, da indústria automóvel europeia, no mercado mundial de veículos elétricos.

Na véspera de lançamento de novos modelos de VE, no Salão Automóvel de Frankfurt (IAA), este estudo estima que a venda de VE rondará os 5% (3-7%) em 2020 e os 10% (5-12%) em 2021, dependendo da estratégia que os fabricantes adotarem [2].

As opções de promover as vendas de veículos pouco eficientes e SUVs com elevadas emissões e a sua decisão de adiar, até ao último momento, os investimentos em tecnologias limpas necessárias para cumprir o regulamento (em vigor desde 2009), deixaram os fabricantes de automóveis a meio do caminho de atingir a sua meta de CO2 em 2021 (ou seja, a 25g/km de distância dos 95g CO2).

No entanto, com base em novos dados da IHS Markit, que prevê a triplicação de modelos VE até 2021, os fabricantes poderão cumprir as metas climáticas de 2020 e 2021, se cumprirem os seus próprios planos de aumentar a sua produção de veículos elétricos [3].

A Suécia tem a maior parcela de veículos elétricos (híbridos plug-in e elétricos) na UE, com 8,4% do total de vendas, e é seguida pela Holanda com 6,8%. Ambos os países têm um sistema tributário sobre veículos que recompensam fortemente a compra de modelos de emissão zero. A Noruega alcançou níveis muito mais elevados (49%), dos quais 31% eram de emissão zero. A Noruega aderiu recentemente ao regulamento de CO2 e por isso os VE aí vendidos serão contabilizados para os objetivos da UE em 2020/21. A maior representatividade de carros elétricos do mercado na UE encontra-se na Holanda (5,9%) e a dos híbridos plug-in na Suécia (6,4%).

Impulsionar a venda de VE, melhorar a eficiência do motor e aplicar a tecnologia híbrida (parcial ou completa) pode não ser suficiente para alguns fabricantes, que terão também que incentivar os clientes a optar por alternativas com menos emissões, por exemplo com um motor um pouco menos potente, ou reduzir as vendas dos seus modelos mais poluentes.

Diferentes estratégias para diferentes marcas

A Toyota está em melhor posição para atingir a sua meta, graças ao investimento antecipado em tecnologia híbrida - 56% das suas vendas na UE são híbridos não recarregáveis, atualmente.
A Aliança Renault-Nissan encontra-se logo a seguir, devido ao foco prévio nas vendas de VE, como o Nissan Leaf e o Renault Zoe. A Volkswagen poderia cumprir utilizando uma variedade de ferramentas, como melhorias nos motores de combustão (novo motor a gasolina e hibridação parcial do novo Golf) e um grande aumento de VE através de seu ID.3, totalmente elétrico.
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As marcas em posição mais desafiante são: Honda, Ford e Hyundai-Kia, embora esta última tenha começado recentemente a aumentar o seu portfólio e vendas de VE. A Volvo também tem um grande diferencial, mas espera-se que consiga cumprir transformando grande parte da sua frota em tecnologia híbrida plug-in.

Não seria de esperar que a Fiat-Chrysler fosse capaz de atingir a sua meta, mas graças ao seu acordo com Tesla, vai poder cumpri-la. O relatório assinala que o aumento das vendas de VE é a melhor estratégia para o futuro porque, cumprir as metas de CO2 para 2025 e 2030 será mais barato através de veículos de emissão zero e, para além disso, a tendência do mercado na China - o maior mercado automóvel do mundo - também apoia fortemente esta estratégia.

A Quercus recorda que, em 2017, os portugueses gastaram mais 264 milhões de euros em combustível extra e concorda com as declarações de Julia Poliscanova, Diretora da área de veículos limpos da T&E, quando afirma que: «durante anos, as construtoras não fizeram nada para reduzir suas emissões. Agora, graças à legislação de emissões de CO2 na UE, eles estão finalmente a preparar-se para começar a vender os automóveis mais eficientes e elétricos que a emergência climática exige. Isso significa que teremos VE de boa qualidade e preços acessíveis no próximo ano ou dois, e não daqui a dez, e isso são excelentes notícias para os consumidores que economizarão muito dinheiro em combustíveis».

Carros a gasóleo e o CO2

O relatório também analisa as causas do recente aumento nas emissões de CO2 de automóveis novos. Contrariamente às alegações dos fabricantes, o relatório mostra que o colapso nas vendas de carros a gasóleo não é a principal causa do recente aumento nas emissões de CO2 de carros novos.

Desde 2013 o boom nas vendas de SUVs resultou num aumento de 2,6 g de CO2/km, 10 vezes mais do que o aumento de 0,25 g de CO2/km atribuído ao declínio nos carros a gasóleo.

As vendas de SUVs na Europa dispararam de 7% em 2009 para 36% em 2018 e espera-se que alcancem quase 40% até 2021.

"O bom, o mau e o vilão" nas emissões de automóveis na UE

Os impostos definidos pelos países influenciam significativamente a tipologia de carros que são comprados em cada Estado-membro. As emissões médias mais elevadas de CO2 de automóveis novos encontram-se na Estónia e no Luxemburgo, e são acima de 140 gCO2/km. O mais baixo regista-se em Portugal e na Holanda (106 gCO2/km).

Em Portugal a representatividade de VE é relativamente grande e a venda de carros pequenos é elevada, por outro lado a quota de automóveis a gasóleo supera os 50%.
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O setor dos transportes é o mais problemático em termos climáticos na Europa, representando 27% das emissões totais de gases com efeito estufa. A contribuição dos automóveis corresponde a 44% das emissões de transporte e esta continua a aumentar devido às estratégias de negócios tomadas pela indústria automóvel.
Num contexto em que a mobilidade urbana está a ser repensada de forma a torná-la mais sustentável, a Quercus assinala como prioritário, a adoção de regulamentos mais exigentes em termos de limite de emissões e penalizações mais severas para os incumpridores, a nível europeu e, adicionalmente, a nível nacional, de políticas e medidas que fomentem as deslocações a emissões zero e progressivamente desincentivem opções de mobilidade com o transporte individual.

Notas:

[1]Um carro elétrico como o Renault Zoe ou o próximo Volkswagen ID.3 é impulsionado por um motor, e funciona exclusivamente com eletricidade, não queimando uma única gota de combustível fóssil. Um híbrido completo um carro como o Toyota Prius ou o Hyundai Ioniq funciona principalmente com um motor a gasolina com a assistência de um motor elétrico. A bateria instalada, muito pequena, não pode ser carregada e quase não garante que o carro circule no modo de emissão zero (cerca de 1 a 2 km no máximo). Um carro híbrido plug-in como o Volvo S90 T8 é um carro híbrido completo, mas equipado com uma bateria maior que pode ser carregada e permite percorrer uma distância maior em modo de emissão zero (algumas dezenas de quilómetros).

[2]O relatório prevê que cerca de metade das vendas de veículos elétricos em 2020/21 sejam de emissão zero veículos como carros elétricos a bateria e a outra metade de carros híbridos plug-in.

[3]Os fabricantes estão a investir € 145 mil milhões em eletrificação. Dezasseis fábricas de baterias de iões de lítio estão confirmadas ou provavelmente começarão a produzir na Europa até 2023. Os projetos confirmados fornecerão até 131 GWh de capacidade de produção de baterias, de acordo com dados da Benchmark Mineral Intelligence - suficiente para cobrir a estimativa de 130 GWh necessária aos VE e às baterias estacionárias de armazenamento em toda a Europa em 2023.

A Suécia tem a maior parcela de veículos elétricos (híbridos plug-in e elétricos) na UE, com 8,4% do total de vendas, e é seguida pela Holanda com 6,8%

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