A ministra fez essa declaração aos jornalistas, na cidade da Praia, no final de um encontro com o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, enquadrado no programa de visita de dois dias que efetua a Cabo Verde.
Citada pela Lusa, Carolina Cerqueira notou que Cabo Verde tem uma realidade diferente, por ser arquipélago, enquanto Angola tem uma grande extensão territorial, 30 milhões de habitantes e o Sul e Sudeste têm sofrido por causa da seca, que levou o Governo a elaborar um programa do ponto de vista humano, técnico, material para atender cerca de dois milhões de pessoas afetadas.
A ministra avançou que a seca em algumas províncias tem provocado perda de meios materiais, de gado e tem tido repercussões no tecido social, com o abandono escolar das crianças e a falta de ocupação das populações.
Há três anos que Cabo Verde também tem vindo a sofrer com a seca e o mau ano agrícola, tendo elaborado um programa centrado no salvamento do gado, na criação de rendimentos alternativos para os agricultores e criadores de gado e na mobilização de água.
“Certamente Cabo Verde vai servir de experiência positiva, já trocamos esses pontos com o ministro de Estado, apreciamos os dados que nos foram dados e pensamos que nestes dois dias de trabalho vamos colher muitas informações que nos vão permitir uma troca de experiências no futuro e de intercâmbio profícuo, e sobretudo para o estreitamento das relações institucionais entre os dois países e governos”, perspetivou a ministra.
Sobre o facto de Angola conhecer a experiência de Cabo Verde no combate à seca, Fernando Elísio Freire disse que é o reconhecimento do povo angolano e do povo cabo-verdiano de que os países irmãos e que se relacionam têm que estar próximos em todos os momentos e significa que o seu país tem tido sucesso com o programa de mitigação da seca e do mau ano agrícola.
“E isso é uma experiência que Angola quer conhecer, quer partilhar connosco e nós também queremos partilhar com o Governo e o povo angolano a nossa experiência para que juntos sejamos mais resilientes, juntos no futuro podermos encarar essa situação com mais eficácia”, afirmou o ministro cabo-verdiano.
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