Mas o que é verdadeiramente uma cidade inteligente? Existem várias definições, mas podemos simplesmente considerar que uma cidade inteligente é um local em que as redes e serviços tradicionais são mais eficientes, devido ao uso de tecnologias digitais e de comunicação, resultando em benefícios tangíveis para a população e atividades, na utilização eficiente dos recursos e na redução de emissões de gases de efeito estufa. Para atingir este objetivo necessitamos, obviamente, de tecnologia que permita ter cidades mais sensorizadas e conectadas, mas não podemos esquecer uma administração pública mais capacitada e com liderança.
Não é preciso viver em Barcelona ou Paris para viver numa cidade que procura esta transição. Se analisarmos a principal call do Horizonte 2020 para os projetos de Smart Cities, os projetos “lighthouse”, verificamos que em 2019 foram aprovados apenas três projetos e que em todos há a participação de uma cidade portuguesa, nomeadamente Évora no POCITYF, Maia no Sparcs e Matosinhos no ATELIER. Por outro lado, muitos dos nossos municípios têm procedido à alteração da iluminação pública para sistemas mais eficientes e, em alguns casos, equipados com gestão inteligente.
Estes exemplos podem ser complementados por centenas de pequenos projetos espalhados nas nossas cidades que tentam transformar a sua gestão num processo mais eficiente com impacto na qualidade de vida da população, na promoção de novos negócios e na criação de emprego especializado e local.
Um dos grandes problemas que as cidades encontram é na alavancagem dos projetos-piloto, ou de pequena escala, e respetiva massificação das soluções testadas à escala da cidade.
Na RdA Climate Solutions temos trabalhado de perto com cidades europeias que procuram fazer esta transição de forma não disruptiva e alicerçada em modelos de negócio e de financiamento que, por um lado, permitam a alavancagem dos projetos, mas que por outro não coloquem em causa os serviços públicos e sociais fundamentais. As cidades com maior sucesso nesta transição tiveram, tipicamente, por base quatro pilares que passo a enumerar:
Para melhor conhecer as cidades líderes e as iniciativas disponíveis a nível europeu, recomendo uma visita ao “Marketplace of the European Innovation Partnership on Smart Cities and Communities” disponível em www.eu-smartcities.eu.
Neste portal vai encontrar a mais variada informação sobre casos de sucesso, linhas de financiamento, modelos de negócio ou eventos de “matchmaking” entre cidades e investidores.
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