Estes são gestos que significam um aumento da fatura da energia e que nos levam a ter outras preocupações como a eficiência energética e a pegada ambiental.
Cerca de 80% do consumo doméstico de energia é para aquecimento do ambiente e de águas, um consumo expressivo que se deve em grande parte aos equipamentos envelhecidos e ineficientes. Segundo a Associação Europeia da Indústria de Aquecimento, há na União Europeia (UE) 126 milhões equipamentos de aquecimento ambiente instalados, 60% dos quais têm mais de 15 anos e um desempenho energético de classe C ou inferior. Também a taxa de substituição destes equipamentos na UE é baixa, cerca de 4% ao ano, o que resulta da falta de consciencialização para as oportunidades de renovação que as novas soluções de aquecimento permitem.
Neste contexto, os profissionais desempenham um papel fundamental na modernização dos sistemas de aquecimento e a etiqueta energética surge como um instrumento essencial. A adaptação da informação técnica a uma linguagem simples e compreensível é o principal conceito da etiqueta energética, um instrumento de apoio aos consumidores europeus na sensibilização para a eficiência energética.
Foi neste contexto que surgiu o HARP – Heating Appliances Retrofit Planning, o projeto europeu que apresenta uma metodologia de cálculo da eficiência e respetiva classe energética dos equipamentos de aquecimento existentes assente nas seguintes premissas:
1. metodologias harmonizadas com os regulamentos europeus de etiquetagem energética;
2. introdução do fator de degradação dos equipamentos definido em cooperação com a indústria;
3. consideração dos sistemas de classificação de equipamentos de aquecimento já existentes em alguns países europeus;
4. utilização de dados técnicos de equipamentos e realização de ensaios em laboratório validando metodologias;
5. consideração de valores standard, de acordo com as normas europeias, para as situações em que não esteja disponível a informação necessária para caraterizar o equipamento existente.
O projeto HARP, liderado pela ADENE, e financiado pela Comissão Europeia no âmbito do programa Horizonte 2020, desenvolveu uma aplicação online para consumidores e profissionais. Na metodologia simplificada são apenas solicitados três parâmetros: fonte de energia, tipo e idade do equipamento. Na metodologia detalhada, são identificados todos os parâmetros, sendo assumidos os valores indicados nas normas para os parâmetros que o profissional não consiga identificar.
A aplicação, de acesso livre e gratuito, está disponível em https://aquecimentoeficiente.adene.pt/ permitindo, para além do cálculo da eficiência e classe energética do equipamento, identificar possíveis soluções no mercado que possam dar resposta às necessidades de aquecimento do utilizador, disponibilizando desde logo uma primeira análise das poupanças expectáveis por via da substituição do equipamento existente.
Para os profissionais esta é uma oportunidade única na medida em que permite dialogar com o consumidor de uma forma clara e sensibilizá-lo para a substituição planeada do seu equipamento, evitando assim decisões de urgência, pensadas apenas quando os equipamentos avariam.
Para mais informações visite: https://heating-retrofit.eu/
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