A EDM - Empresa de Desenvolvimento Mineiro, a AdP - Águas de Portugal e a ADENE - Agência para a Energia, assinaram a 22 de dezembro, um protocolo de cooperação e colaboração com vista ao aproveitamento de antigas áreas mineiras ambientalmente remediadas para produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis.
O evento decorreu no Ministério do Ambiente e da Ação Climática e contou com a presença da Secretária de Estado do Ambiente, Inês dos Santos Costa, e do Secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba.
Através deste protocolo, numa primeira fase, será analisada a viabilidade técnica e económica para a utilização de cerca de 61 hectares de áreas mineiras já ambientalmente remediadas nos concelhos de Mangualde, Nelas, Pinhel, Gouveia e Mêda. Esta área corresponde a um potencial de instalação máxima de energia que pode ir aos 60MW e de produção máxima que pode atingir os 99MWh/ano, num investimento estimado de 42 milhões de euros.
A implementação deste projeto apresenta um conjunto de vantagens, nomeadamente, a possibilidade de constituição de comunidades de energia renovável e o aproveitamento das antigas áreas mineiras. Estas, apresentam constrangimentos de uso de longo prazo (por exemplo agroflorestal) devido ao processo de remediação ambiental, monitorização e manutenção das células de confinamento.
Recorde-se que a EDM já investiu cerca de 40 milhões de euros na descontaminação dos solos e das águas, ao abrigo do seu contrato de concessão para remediação ambiental nestas antigas áreas mineiras, estando os terrenos prontos para receber este tipo de investimentos.
A implementação deste projeto apresenta um conjunto de vantagens, nomeadamente, a possibilidade de constituição de comunidades de energia renovável e o aproveitamento das antigas áreas mineiras
Para o Grupo AdP, este protocolo enquadra-se no seu Programa de Neutralidade Energética ZERO, o qual prevê o aumento, até 2030, de produção própria de energia elétrica 100% renovável em 632,7GWh/ano e uma redução de emissões de CO2 em 185.070 ton/ano após a sua conclusão. O programa 'ZERO', através do qual o Grupo pretende atingir a neutralidade energética em 2030, representa um investimento de 363,3 milhões de euros.
O protocolo assinado facilitará a concretização dos objetivos dos programas de descarbonização das três empresas, contribuindo diretamente para as metas nacionais previstas no Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050, no Plano de Energia e Clima 2030 e no ECO.AP 2030.
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