"Os nossos negócios tiveram em 2021 um desempenho muito melhor do que o esperado”, disse Stefan Hartung, presidente do conselho de administração da Robert Bosch GmbH, na apresentação dos números preliminares de negócios da empresa.
“Conseguimos superar as nossas previsões apesar de muitos desafios, como a subida dos custos devido a constrangimentos de fornecimento e aumentos de preços de matérias-primas”, adiantou.
O sucesso dos negócios foi também significativamente moldado pela “solidariedade em tempos de distanciamento social”, refere. “Gostaria de agradecer aos nossos colaboradores pelo seu compromisso e aos nossos clientes, fornecedores e parceiros de negócios pela sua confiança”, acrescenta Hartung, lembrando que, juntamente com a equipa global da Bosch, deseja continuar a desenvolver tecnologia que é 'Invented for life' como resposta aos desafios atuais.
“A Bosch é pioneira tecnológica em muitas áreas e queremos continuar assim”. Para isso, a empresa continua a investir grandes somas em áreas estrategicamente importantes, incluindo um total de cerca de mil milhões de euros em microeletrónica e eletromobilidade somente este ano. Ao mesmo tempo, a Bosch aposta cada vez mais em parcerias, como a recentemente anunciada aliança com a Volkswagen na área da condução autónoma.
“E graças à conectividade e inteligência artificial, a eficiência energética continuará a melhorar”, reforça Hartung. Nesse sentido, a Bosch conseguiu aumentar as suas vendas de ferramentas elétricas conectadas, eletrodomésticos e sistemas de aquecimento em 50% em 2021 – de 4 milhões de unidades em 2020 para mais de 6 milhões.
A Bosch está comprometida com os objetivos do Green Deal da UE. Os seus setores de negócios já estão a implementar uma ampla gama de medidas para combater o aquecimento global: nas suas 400 localizações em todo o mundo, a Bosch é neutra em relação ao clima desde o primeiro trimestre de 2020.
Entre agora e 2030, a empresa planeia reduzir as emissões de carbono ao longo da sua cadeia de abastecimento – da compra ao uso do produto – em 15%. Segundo o presidente da Bosch, a eletrificação já está a dar origem a cada vez mais negócios.
“Estamos a gerar milhões em vendas com eletromobilidade. Além disso, estamos também a registar taxas de crescimento de dois dígitos no que diz respeito às bombas de calor para uso doméstico, e sistemas elétricos estão a começar a ser implementados na tecnologia industrial”, afirma Hartung, que acredita que isso coloca a empresa numa posição forte: “a Bosch está a traduzir a ação climática em crescimento. A empresa tem vindo a demonstrar como a transformação para a neutralidade climática pode ter sucesso tanto ecológica quanto economicamente”.
Não só as vendas totais anuais do Grupo Bosch cresceram, como também são superiores às de 2019, ano anterior à crise. “A ampla diversificação da empresa em diferentes setores e regiões valeu a pena mais uma vez”, disse Markus Forschner, membro do conselho de administração e diretor financeiro da Robert Bosch GmbH.
“Todos os setores de negócio aumentaram as suas vendas apesar dos congestionamentos globais de fornecimento”, adiantou. O segmento de negócios de Soluções de Mobilidade, que é o maior e o que gera as maiores vendas, registou um crescimento significativo, embora o ambiente de negócios no quarto trimestre tenha travado a evolução. As vendas subiram 7,5 por cento, para 45,4 mil milhões de euros, apesar da escassez de chips, que teve um impacto particularmente importante na indústria automóvel. Ajustado para efeitos da taxa de câmbio, este é um aumento de 7,9 por cento.
O setor de negócios de Tecnologia Industrial beneficiou particularmente da recuperação do mercado de engenharia mecânica e alcançou vendas de 6,1 mil milhões de euros. Trata-se de um aumento de 20%, tanto em termos nominais quanto após o ajuste para efeitos da taxa de câmbio. Como apontou o CFO, isto significou que as vendas voltaram ao nível pré-crise. No setor de Bens de Consumo, os produtos para casa e jardim voltaram a registar forte procura. Com 21 mil milhões de euros, as vendas ficaram significativamente acima do nível do ano anterior. "Este é um aumento de 13 por cento; ajustado para efeitos da taxa de câmbio, é de 15 por cento. As vendas no setor de negócios de Energia e Tecnologia de Edifícios aumentaram 11% para 5,9 mil milhões de euros – um crescimento de 12% após o ajuste dos efeitos da taxa de câmbio. Para citar Forschner, “o negócio beneficiou da elevada procura por tecnologia de aquecimento amigo do ambiente, com o setor empresarial a exceder o seu nível pré-crise”.
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