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As bombas de calor e as novas metas relativas à produção e consumo de energia proveniente de fontes renováveis

APIRAC27/01/2023
Salienta-se o papel importante que este tipo de equipamentos representa para a economia do nosso País e contribuição para o controlo das alterações climáticas, não só como sistema de climatização, englobando aqui o aquecimento, arrefecimento e produção de águas quentes sanitárias, para efeitos de conforto humano e de processo, mas também como meio de utilização de energias renováveis, de descarbonização, de poupança de energia e de aumento de eficiência energética.
As Bombas de Calor constituem um forte argumento para que Portugal continue a apostar numa estratégia baseada em fontes de energia renovável rumo a...
As Bombas de Calor constituem um forte argumento para que Portugal continue a apostar numa estratégia baseada em fontes de energia renovável rumo a uma economia neutra em carbono.

A Diretiva (UE) 2018/2001 do Parlamento Europeu e do Conselho de 11 de dezembro de 2018, relativa à promoção da utilização de energia de fontes renováveis [Diretiva (UE) 2018/2001], que veio reformular a Diretiva 2009/28/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 23 de abril de 2009, traça metas ambiciosas para incentivar a produção e consumo de energias renováveis, de modo a reduzir a dependência dos Estados-Membros da União Europeia das energias fósseis e, bem assim, a emissão de gases com efeito de estufa.

À medida que cresce o confronto da Europa com a Rússia, em resultado da guerra na Ucrânia, a tecnologia bomba de calor tornou-se uma ferramenta crucial no esforço de toda a Europa para cortar a sua dependência do gás russo. No início da guerra a UE dependia de 40% do gás natural da Rússia, essencial para o abastecimento de caldeiras a gás. Essa dependência foi um alicerce da economia da Rússia durante décadas, e também tem servido como o gás geopolítico de Putin.

Integrado neste tema, em Portugal, o Decreto-Lei n.º 84/2022, de 9 de dezembro, vem atualizar as metas nacionais de energia renovável no consumo de energia final. De igual modo, são estabelecidas metas mais ambiciosas para a contribuição das energias renováveis no setor dos transportes e definidas novas metas para os transportes marítimos, aéreos e ferroviários. Em 2030, a quota de utilização de energia proveniente de fontes renováveis no consumo final bruto de energia deve ser igual ou superior a 49%.
Neste âmbito, em 19 de dezembro, o Conselho da Energia chegou a uma Abordagem Geral sobre alterações à Diretiva de Energias Renováveis (RED), proposta no âmbito do plano REPowerEU. O Conselho da UE acordou no objetivo de pelo menos 40% da quota de energia proveniente de fontes renováveis em 2030 no consumo final bruto da UE (a REPowerEU propôs 45%).

No entanto, nem todos os Estados-membros concordaram com o objetivo mais baixo. Na sequência da reunião do Conselho de Energia, um grupo de Estados-membros, entre os quais Portugal (Áustria, Dinamarca, Estónia, Alemanha, Grécia, Luxemburgo, Portugal e Espanha) emitiu uma declaração conjunta apoiando a meta de 45% de energias renováveis.

Com o contributo da APIRAC para a Direção-Geral de Energia tem sido possível a incorporação das bombas de calor no Anuário Energético Nacional. Com essa valorização a energia proveniente de fontes renováveis no consumo final bruto de energia em 2018 ficou em 29,2%, traduzindo-se num acréscimo de 10% face ao registado no ano de 2017.

Em 2019 a fração das energias renováveis no Consumo Final Bruto de Energia subiu cerca de 0,4%. O aumento verificado deve-se fundamentalmente ao contributo do consumo de biomassa (+7,1% que em 2018) e bombas de calor (+4,8% que em 2018).

Os anos 2020 e 2021 foram fortemente influenciados pela pandemia por Covid-19. Em 2020, o setor doméstico apresentou uma subida no consumo de energia, de cerca de 4%, face a 2019. De uma forma genérica, todas as fontes de energia apresentaram uma subida de 2% a 8%. A subida do consumo é justificada pela maior presença das pessoas na habitação. De acordo com os dados do Balanço Energético Nacional de 2021 (ainda provisórios), no setor doméstico, o consumo de energia renovável proveniente das bombas de calor e do solar térmico subiu cerca de 6% relativamente ao ano 2020.

Há duas coisas cruciais a saber sobre bombas de calor: utilizam eletricidade em vez de gás, e são extremamente eficientes. Os sistemas convencionais de aquecimento elétrico retiram muita energia da rede. Uma bomba de calor, por outro lado, não gera realmente calor, move-o de um lado para o outro. Utiliza os mesmos princípios que um ar condicionado, com o fluido a captar energia térmica do exterior, depois libertando essa energia no interior e condensando de volta para estado líquido

Salienta-se o papel importante que este tipo de equipamentos representa para a economia do nosso País e contribuição para o controlo das alterações climáticas, não só como sistema de climatização, englobando aqui o aquecimento, arrefecimento e produção de águas quentes sanitárias, para efeitos de conforto humano e de processo, mas também como meio de utilização de energias renováveis, de descarbonização, de poupança de energia e de aumento de eficiência energética.

Há duas coisas cruciais a saber sobre bombas de calor: utilizam eletricidade em vez de gás, e são extremamente eficientes. Os sistemas convencionais de aquecimento elétrico retiram muita energia da rede. Uma bomba de calor, por outro lado, não gera realmente calor, move-o de um lado para o outro. Utiliza os mesmos princípios que um ar condicionado, com o fluido a captar energia térmica do exterior, depois libertando essa energia no interior e condensando de volta para estado líquido. Acrescente-se essa eficiência ao facto de que cada bomba de calor que se instalar utiliza cerca de metade da energia de uma caldeira a gás (mesmo que a eletricidade que utiliza seja proveniente de uma central elétrica a gás).

As Bombas de Calor constituem assim um forte argumento para que Portugal continue a apostar numa estratégia baseada em fontes de energia renovável rumo a uma economia neutra em carbono. Parece evidente, não é? Vamos esperar que as revisões atualmente em curso na União Europeia não coloquem em equação toda a competência que as bombas de calor poderão aportar aos superiores objetivos europeus.

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