BI294 - O Instalador
20 ILUMINAÇÃO VERSUS EFICIÊNCIA ENERGÉTICA A eficiência energética na Iluminação Pública A iluminação artificial tem um papel fundamental nas nossas vidas. Seja em casa, no local de trabalho, em iluminação funcional ou decorativa, no espaço público, na sinalização ou na Iluminação Pública (IP), estima-se que a nível mundial toda a iluminação artificial consuma cerca de 15% da eletricidade produzida. Texto: ENERAREA e S.ENERGIA A introdução da iluminação LED, à qual se adicionam sistemas de ges- tão que podem ser tão abrangentes que permitam a gestão da iluminação ponto-a-ponto, adequando a cada momento o serviço prestado às neces- sidades do local, potenciando não só a eficiência energética, mas também as condições de conforto visual, segu- rança de pessoas e de bens, permite ainda uma redução significativa nas necessidades de manutenção. Além disso, o LED oferece aos proje- tistas capacidade de, jogando com a temperatura de cor, criar ambientes diversos, de acordo coma necessidade, seja por questões de segurança, saúde, ou meramente estéticas, assegurando uma restituição cromática adequada. Na IP, ao permitir ummelhor direcio- namento do fluxo luminoso, assegura ainda uma redução substancial da poluição luminosa, quando compa- rando com as tecnologias tradicionais. Perante estes factos, não é difícil des- cortinar que o LED permitiu uma verdadeira revolução no mercado e nos serviços de iluminação. Em Portugal, a Iluminação Pública representa, em média, 3% dos con- sumos elétricos do pais, pelo que a melhoria da eficiência energética na IP pode contribuir de forma relevante para os ambiciosos objetivos da polí- tica energética nacional, no que diz respeito ao aumento da eficiência energética no consumo. Neste contexto, os municípios têmpro- gressivamente realizado intervenções de melhoria da eficiência energética da IP, promovendo a redução do con- sumo de eletricidade e as emissões de CO 2 . Com este esforço, entre 2010 e 2019, verificou-se uma redução de aproximadamente 350 GWh/ano no consumo elétrico, significando uma diminuição de 21% no consumo em IP. Se até agora esta mudança temmui- tas vezes significado apenas a troca de luminárias, oque seprevê éque, gradual- mente, se assista a uma ampliação dos serviços prestados pela rede de IP, onde cada luminária coma sua identificação única está integrada numa rede inteli- gentequegere a iluminação, permitindo a variação do fluxo luminoso ponto-a- -ponto, deteção de avarias, manutenção preditiva, ou mesmo o controlo biodi- nâmico da temperatura de cor. Esta reforma profunda nas redes de IP é fundamental para os municípios, porque simultaneamente permite uma redução da despesa e aumenta a qualidade do serviço público de ilu- minação, reforçando o sentimento de segurança e contribuindo de forma Município da Moita.
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