BI294 - O Instalador

70 RENOVÁVEIS | SOLAR TÉRMICO CUSTO DE MANUTENÇÃO COMPARATIVAMENTE AO CUSTO DA INSTALAÇÃO E DA POUPANÇA GERADA Para se garantir o bom funcionamento dos sistemas solares térmicos é fun- damental que se realize, de forma sistematizada, a manutenção des- tes sistemas. É necessário ter emconta que amanu- tenção não poderá ser considerada um custo, mas deverá ser vista como uma garantia de produção das centrais. Sem considerar a manutenção cor- retiva uma vez que esta é bastante imprevisível para quantificar, no que toca a manutenção preventiva, esta poderá apresentar um custo anual próximo dos 6% face ao investimento realizado. Salienta-se que este valor é um valor médio, uma vez que este varia de acordo com a dimensão da central térmica. Durante a fase de operação e manu- tenção, verifica-se em Auditorias Energéticas aquando da avaliação ao funcionamento dos sistemas produ- tores de energia térmica, que existem por vezes falhas namanutenção e ope- ração dos sistemas, nomeadamente na dissipação nos meses de não con- sumo. Por exemplo, quando se analisa uma Escola, para os meses de julho e agosto, deverão existir equipamentos capazes de dissipar a energia produzida (dissipadores de calor), ou capazes de redirecionar a produção de energia térmica para ser dissipada em tanques de piscinas interiores, por exemplo. No caso de não existir forma de dissipar a energia produzida, estes sistemas entram em stress térmico, atingindo o coletor solar a temperatura de estagnação. Quando esta situação acontece, o sistema de bombagem do primário fica inativo e, como tal, existirá um aumento da pressão e consequentemente a descarga do glicol do circuito primário. Na manhã seguinte, após o arrefe- cimento noturno nos coletores, a bomba solar do circuito primário irá arrancar, sem pressão no circuito pri- mário, levando a bomba a funcionar em “seco”, queimando as suas pás. Poder-se-á evitar danificar a bomba, no caso de existência de um pressos- tato de mínima. Contudo, o sistema não arrancará e não dissipará a ener- gia proveniente dos coletores solares, levando ao seu sobreaquecimento, danificando-os. Em diversas situações, estes proble- mas de projeto/instalação, colocam em causa a credibilidade dos sis- temas solares térmicos, reduzindo assim a confiança dos seus poten- ciais utilizadores. Torna-se, assim, necessário continuar a apostar na formação e sensibilização Figura 4. Coletores Solares Térmicos. Em diversas situações, estes problemas de projeto/instalação, colocam em causa a credibilidade dos sistemas solares térmicos, reduzindo assim a confiança dos seus potenciais utilizadores. Torna-se assim necessário, continuar a apostar na formação e sensibilização de todos os técnicos, para uma melhor instalação, manutenção e exploração de todos os sistemas solares. Figura 2. Esquema Tipo Circulação Forçada. Figura 3. Coletores Solares Térmicos. Conclusões Figura 3. Esquema Tipo Circulação Forçada. de todos os técnicos, para uma melhor instalação, manutenção e exploração de todos os sistemas solares. CONCLUSÕES Portugal é um país privilegiado no que concerne às condições clima- téricas, comparativamente a outros países da Europa, conseguindo bons indicadores relativamente à radiação solar existente. Deste modo, o nosso país consegue ser um excelente produtor de ener- gia térmica renovável, recorrendo a sistema solares térmicos. As utilizações destes sistemas são bastante diversificadas, podendo ser aplicado em tipologias diversas, como Lar de Idosos, Escolas, Hotéis, Hospitais ou até mesmo em algumas unidades industriais. Para estes sistemas solares térmi- cos, temos de ter em conta o perfil de consumo ajustado à realidade na fase de projeto e prever se necessário, sistema de dissipação para se evitar temperaturas de estagnação e conse- quentemente paragens dos sistemas solares térmicos. Por último, a manutenção torna-se uma área preponderante para garantir a produção de energia térmica dos sistemas e garantir também a cre- dibilidade dessas soluções face aos requisitos de mercado. n

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