BI295 - O Instalador

58 EDIFÍCIOS COM NECESSIDADES QUASE NULAS DE ENERGIA inferior da Laje de teto com Lã de Rocha de espessura sempre nunca inferiores a 8 cm e acabamento a pladur, também se verifica como sendo uma das soluções usadas com bastante frequência. • Envolvente Não Opaca (Vãos Janelas) – Vertical e Horizontal: os vãos envidraçados são uns dos pontos muito importantes em qual- quer edifício, desde a sua projeção/ orientação definida pelo projetista aquando da execução do projeto de arquitetura, bemcomo da solução de proteção solar a aplicar. Numa fase em que as arquiteturas modernas cada vez mais se direcionam para a projeção de vãos com grandes áreas, é muito importante que a proteção solar, exceto no caso dos vãos orientados a Norte, a colocação de proteções solares pelo exterior do vão. Outra solução a usar será vidros de baixa emissividade, no entanto, nestes casos, temos um problema, enquanto a proteção solar exterior é móvel, na estação de inverno pode- mos mantê-las inativas, no caso dos vidros de baixa emissividade este não vai permitir o sobreaquecimento no verão, mas no inverno em que necessitamos de ganhos solares para diminuirmos desta forma as necessidades de aquecimento, o vidro irá diminuir esses ganhos. • Ventilação: no caso da ventilação, para garantirmos uma boa e efi- ciente renovação do ar, poderemos optar por duas soluções, mecânica ou natural. No caso da ventilação natural, como a mesma recorre a grelhas de admissão de ar, em que o ar admitido não é tratado, iremos estar a imputar grandes perdas térmicas, o que levará a um maior consumo de energia. Se optarmos pela ventilação mecânica, o que irá acontecer é que conseguiremos regular, de forma mais eficiente, os caudais de renovação de ar e o ar admitido poderá ser tratado, permitindo, desta forma, ajustarmos a temperatura do ar que estamos a insuflar no edifício. • Sistemas de Produção de Águas Quentes Sanitárias: para o aque- cimento de águas quentes sanitárias temos várias soluções, desde a colo- cação de painéis solares térmicos, colocação de uma bomba de calor, a possibilidade de colocar painéis fotovoltaicos. No entanto, o sistema mais comum até há cerca de 2 anos incidia nos painéis solares térmicos, pela imposição do regulamento, até que surgiu a possibilidade de substituirmos a energia renovável produzida pelos painéis para AQS por um outro equipamento, desde que o mesmo tivesse uma produção de energia renovável igual ou superior à dos painéis solares. Desta forma, aconteceu uma transformação do mercado, com o aparecimento das Bombas de Calor, emque tendo por base o seu funcionamento e rendi- mento elevado, a mesma consegue suprimir a energia renovável dos painéis solares. Efetivamente, isto é verdade em teoria, no entanto, quando falamos de painéis solares, estamos a falar de energia renovável quase a 100%, porquê? Na verdade, umsistema de painéis solares quando comparado com uma bomba de calor, num período em que a pro- dução do mesmo é rentável, diria de março a outubro, o que acontece é que os dois sistemas produzem a mesma energia renovável mas com uma grande diferença, a bomba de calor precisa de um consumo de energiamuito superior relativamente ao painel solar, pois o painel solar apenas terá associado o consumo de energia primária da bomba recir- culadora do sistema, mas a bomba de calor precisa de consumir energia para fazer o aquecimento da água. Desta forma, comparando-se as duas soluções, os painéis solares promo- vemuma reduçãomuito superior de energia primária em comparação

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