BI295 - O Instalador
59 EDIFÍCIOS COM NECESSIDADES QUASE NULAS DE ENERGIA à bomba de calor. Em alternativa, como temos vindo a observar, o mercado tem optado, para supri- mir esta desvantagem, em colocar painéis fotovoltaicos em conjunto com a bomba de calor, emque aqui com esta alteração passaremos a ter um sistema integrado em que o consumo de energia primária para AQS irá estar ao nível do sistema dos painéis solares. • Sistemas de Climatização: em rela- ção às soluções para climatização dos edifícios, existe uma enorme variedade de soluções, sendo que, como objetivo de reduzir o consumo de energia, deveremos optar, sempre que possível, por equipamentos que recorrem a energias renováveis para o seu funcionamento. Consoante a zona climática onde se insere o edifício, após análise das suas necessidades de aquecimento e arre- fecimento, poderemos definir dois tipos de edifícios, com necessidade de aquecimento e arrefecimento, edifícios com necessidades apenas de aquecimento ou arrefecimento. No caso dos edifícios que apresentam necessidade de aquecimento e arre- fecimento, o sistema mais eficiente será a colocação de uma bomba de calor, devendo juntamente com este equipamento, proceder-se à instalação de painéis fotovoltaicos, reduzindo-se, assim, o peso do consumo de energia deste tipo de equipamento. Em alter- nativa, poderemos sempre colocar dois sistemas, um para aquecimento, neste caso poderá optar-se por uma caldeira a pellets ou um recuperador de calor com caldeira que permite o aquecimento através de radiadores. Estas duas soluções, ambas têm um consumo de energia não renovável quase nulo, uma vez que os pellets e a lenha são considerados energia renovável. Neste caso, o equipamento a colocar apenas para arrefecimento passaria sempre pela colocação de ar condicionado, será o equipamento com um rendimento mais elevado apesar do consumo de energia associado. No entanto, nas diretivas para os edi- fícios NZEB, as mesmas promovem a instalação de sistemas de produção de energia que permitam aos edifí- cios, com a produção destes sistemas, fazer um autoconsumo, deixando de estar dependente da rede de distri- buição de energia pública. Neste sentido, nos edifícios futuros, independentemente dos sistemas preconizados para o edifício, tanto ao nível de climatização como no AQS, devem sempre incentivar a instalação de painéis fotovoltaicos. Com a produ- ção gerada por este sistema, iremos para alémde suprimir os consumos dos equipamentos de climatização e AQS, podendo ainda, eventualmente, supri- mir os consumos de energia associados ao normal funcionamento do edifício. CONCLUSÃO Para que consigamos atingir os objeti- vos a que nos propusemos, para além de toda a intervenção no campo edifi- cado, com a introdução de melhorias ao nível da envolvente bem como na colocação de equipamentos de produ- ção energia para autoconsumo, temos um percurso longo pela frente no que diz respeito aos novos edifícios. Efetivamente, no caso dos edifícios novos, o desafio começará nas mãos do projetista de arquitetura com a boa implantação e definição do edifício de forma a promover, uma boa orientação solar, a qual, permitirá uma otimiza- ção dos ganhos solares bem como a iluminação natural do próprio edifício, passando depois para os projetistas de engenharia que, com uma boa aná- lise do edifício, irão perceber quais as necessidades do mesmo, delineando assim toda uma estratégia para que possam implementar as medidas e soluções mais eficientes para que pos- samos então atingir o grande objetivo que é um edifício NZEB. n
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