BI295 - O Instalador
63 EDIFÍCIOS COM NECESSIDADES QUASE NULAS DE ENERGIA ao mesmo tempo que contribui para a mitigação das alterações climáticas. Este é um exemplo paradigmático da defesa do ambiente e do Planeta, alicerçado numa transição justa e posi- tiva para os nossos cidadãos”. Para alémda AdEPorto, o consórcio do projeto conta com três parceiros: a RdA Climate Solutions, a S317 Consulting e a TELLES Advogados, que em con- junto, vão desenvolver ferramentas técnicas, financeiras e legais de apoio à implementação de projetos de efi- ciência energética e aproveitamento de energias renováveis. Estas ferramentas destinam-se ao setor da habitação, mas também aos seus interessados, desde as famílias individuais aos municípios e às enti- dades gestoras de habitação social, passando por cooperativas de habi- tação e outras organizações privadas de gestão de parques habitacionais. No decorrer do programa, pretende-se ainda disseminar e replicar resultados aos municípios mais próximos da Área Metropolitana do Porto, bem como disponibilizar, a nível nacional, as ferra- mentas desenvolvidas. Para facilitar a interação compotenciais interessados, será criado o Porto Energy Hub, que inclui um espaço físico e um portal online, permitindo um acesso rápido e direto às ferramentas desenvolvidas. A maioria dos edifícios em Portugal apresenta, ainda, um nível igual ou inferior a C nos certificados de eficiên- cia energética. No geral, o edificado atualmente existente foi construído antes de 1990, apresentando requisi- tos térmicos baixos ou nulos. Tambémo parque de habitação social nacional, representando na AMP-ND cerca de 25.655 habitações, é constituído por construções commais de 20 anos e, por isso, combaixos requisitos térmicos. A baixa eficiência energética do parque edificado é um dos fatores potencia- dores da pobreza energética, sendo Portugal o 4º país mais afetado na Europa dos 28, de acordo com o rela- tório 'European Energy Poverty Index', de janeiro de 2019. No contexto atual, tendo em conta os impactos socioeconómicos da pande- mia provocada pela Covid-19, espera-se que o número de famílias em situa- ção de pobreza energética aumente. A pobreza energética envolve a difi- culdade ou privação das famílias e indivíduos em aceder a serviços essen- ciais de energia, como o aquecimento, arrefecimento ou iluminação das habi- tações, podendo ter efeitos adversos na saúde e bem-estar, provocados, por exemplo, pela prevalência de elevados níveis de humidade, bai- xas temperaturas e pela presença de fungos e bolores. n
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