BI295 - O Instalador

81 INDÚSTRIA 4.0 e expressa na estratégia de moder- nização e no Roadmap Tecnológico. 1 – Índice de maturidade i4.0 Antes de avançar é necessário saber onde estamos. Portanto, é necessário avaliar o estado atual da empresa, nos pilares de recursos físicos, sistemas IT, cultura e estrutura organizacional. Esta informação irá indicar as forças e as fraquezas da empresa para a digi- talização e, quais oportunidades que irão gerar os benefícios a curto-prazo. 2 – Roadmap Tecnológico Tendo em consideração os interesses da empresa e os seus planos estra- tégicos, é estabelecido o Roadmap Tecnológico onde se define a arqui- tetura da futura fábrica inteligente, a cadência de implementação das tecnologias que a tornarão possível, e respetiva calendarização. 3 – Conectividade O primeiro passo na implementa- ção das tecnologias da Indústria 4.0 é a ligação dos equipamentos pro- dutivos e dos postos de trabalho em rede. Sensores, atuadores, sistemas de identificação e etiquetagem, ecrãs táteis e outras interfaces homem-má- quina, são alguns dos equipamentos que permitem gerar e recolher toda a informação pertinente sobre os pro- cessos de fabrico. 4 – Visibilidade Nesta etapa, toda a informação recolhida é disponibilizada para visualização, permitindo ter uma visão detalhada de todos os proces- sos, incluindo a rastreabilidade das peças produzidas, e visualização dos fluxos de energia, materiais, pessoas e informação. 5 – Transparência Oprocessamento de toda a informação recolhida permite ver para além do imediato, possibilita a definição de KPIs, iden- tificação de padrões, geração de alertas, visua- lização de estatísticas de alto nível e aferir o desem- penho de cada processo e de toda a fábrica. 6 – Previsão Com base na informação processada é possível gerar modelos de previsão, para prever o desempenho dos pro- cessos, o estado dos equipamentos, a antecipação de falhas, e promover a utilização de técnicas de manutenção proativa e preditiva. É também pos- sível simular com precisão cenários de alteração das condições de produ- ção e antever o impacto de eventos específicos. 7 – Otimização e Adaptabilidade A utilização de ferramentas de inteli- gência artificial transforma a fábrica numa fábrica inteligente, capaz de otimizar os seus processos, reagir a imprevistos e adaptar-se a alterações na sua envolvente. 8 – Interoperabilidade Finalmente, a interoperabilidade, que é um conceito basilar na Indústria 4.0. Estando todos os agentes das cadeias de valor conectados, e com acesso a toda a informação de ope- ração, poderão colaborar de forma integrada, como se representassem apenas uma entidade. Esta interope- rabilidade automática entre agentes, dentro e fora da fábrica, incluindo clien- tes e fornecedores, é amudança radical de paradigma que a esta 4ª revolução industrial vem implementar. A Indústria 4.0 assenta numa proposta de modernização do tecido industrial, com o objetivo de digitalizar toda a operação das empresas e, como ficou demonstrado, é uma revolução no funcionamento das empresas. É, sem dúvida, a forma mais competitiva de se conseguir estar ativo nummercado cada vez mais exigente, que impõe tempos de resposta diminutos, pro- dutos e serviços personalizados e de qualidade assegurada. Estamos perante uma necessidade imperiosa de embarcar nesta revolução, com o risco de ficarmos para trás. n

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