BI297 - O Instalador
RENOVÁVEIS | FOTOVOLTAICO ENVELHECIMENTO E REPARAÇÃO DE INSTALAÇÕES FOTOVOLTAICAS (Parte 2) Luís Fialho Cátedra Energias Renováveis – Universidade de Évora Francisco Martinez-Moreno Instituto de Energia Solar - Universidade Politécnica de Madrid Nikolay Tyutyundzhiev Academia das Ciências da Bulgária 72 O projeto europeu GRECO (GA n.78729), do programa Horizonte 2020, que inte- gra a Cátedra Energias Renováveis da Universidade de Évora (CER-UÉ), fez uma análise e caraterização das ins- talações fotovoltaicas commais de 10 anos e propõe soluções de reparação on-site para alguns desses defeitos. Na fase de caraterização das instala- ções fotovoltaicas, a equipa do GRECO inspecionou módulos expostos ao sol durante mais de uma década, com- pilando uma lista dos defeitos mais comuns que surgiram. Alguns, embora muito evidentes, como os snail trails e descoloração – amarelecimento – não revelaram até agora indícios de pro- blemas na integridade dos módulos ou de redução da sua capacidade de produção. Mas outros têmum impacto drástico no funcionamento e/ou segu- rança, como vidros partidos, PID ou delaminações, e geralmente são difíceis de reparar. No entanto, alguns defei- tos, se detetados a tempo, podem ser reparados, permitindo que o módulo continue a funcionar normalmente na instalação. Desta forma, a vida útil é prolongada e o retorno maior. Alguns defeitos que são suscetíveis de serem reparados na própria ins- talação são de três tipos: • Reduzem a potência fornecida pelos módulos, como acontece com díodos de bypass defeituosos que estão continuamente em condução (Figura 3a). • Representamumperigo para a inte- gridade dos módulos, como pontos quentes (na célula – Figura 3b – ou numa soldadura – Figura 3c), que podem levar à falha permanente do módulo. • Ameaçam a segurança elétrica da instalação e obrigam à sua remoção, como os módulos com falhas de isolamento elétrico nas suas extre- midades (Figura 3d). O interesse desta possível reparação, em vez da troca por ummódulo novo saudável, justifica-se pela cada vez mais provável falta de módulos de substituição ao longo do tempo, uma vez que as caraterísticas mecânicas e elétricas dos módulos têmmais de uma década e são notavelmente dife- rentes daqueles apresentados pelos módulos atuais, como evidenciado pela Figura 4. O que se agrava em módulos com duas décadas ou mais. Figura 3a. Díodos de bypass defeituosos com condução de corrente permanente. Módulo comdíodos de bypass defeituosos e cuja potência produzida é reduzida em 2/3 (área à direitamais quente). Módulo comdíodos de bypass sem falhas (todo omódulo apresenta aproximadamente amesma temperatura). Reparação on-site de módulos defeituosos.
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