BI298 - O Instalador
21 FRIO INDUSTRIAL • Fluidos Frigorigéneos com pressões e temperaturas de trabalho muito elevadas, até PS=130 bar e TS= 150ºC! Novas tecnologias de construção, novos requisitos de máquinas para as mesmas, nova avaliação de risco; • Especificidades dos novos Fluidos Frigorigéneos em termos de afini- dade ou incompatibilidade química commateriais e técnicas de solda- dura e brasagem tradicionais; • Fluidos Frigorigéneos zeotrópicos commaior ou menor deslizamento (glide) nos processos de evaporação e condensação, que levam a refor- mular a abordagem técnica a nível de cálculo, compreensão e atuação no terreno; • Novos kits de ferramentas, novos componentes, novos procedimentos para lidar com refrigerantes A3, A2 e A2L; • Regresso da água embanco de gelo, ou em 'salmouras' tradicionais, ou misturas - ditas 'glicoladas' - para baixa temperatura; • Destes novos fluidos secundários para escoamentomonofásico, avalia- ção cuidadosa da sua aplicabilidade nas gamas de congelados e na des- congelação híbrida em detrimento da elétrica ou por gás quente; • Reavaliação dos processos de análise de risco das instalações frigoríficas. 3. Retomar de tecnologias normal- mente associadas ao Frio Industrial (sobretudo amoníaco) na área do frio comercial e semi-industrial (R744 HC entre outros): • Sistemas de cascata ou sistema de 'booster' externo; • Descongelação por gás quente ou, em alternativa, híbrido com fluidos secundários aquecidos na descarga dos compressores a baixa temperatura; • Evaporadores com sistemas de funcionamento 'por bombagem com baixas taxas de recirculação' vs Sistemas de expansão direta; • Compressores paralelos; • Injetores; • Gas coolers e desuperheaters para proteção de permutadores de calor contra choques térmicos, para racio- nalização do consumo de energia ou mesmo para recuperação de energia; • Coexistência de vários refrigerantes no mesmo sistema frigorífico (R717/ R718/R744 ou R290/R1270/fluido secundário escoamento monofá- sico (vulgo Glycol) e Hiodrogénio! PERGUNTAS Será que as nossas Associações vão poder receber apoio para não deixar morrer o conhecimento e a capaci- dade de produzir equipamentos com as novas tecnologias em Portugal, ganhando músculo financeiro para promover formação atualizada? Será que a iniciativa privada, que constitui o tecido produtivo do País, poderá continuar a suportar e a ali- mentar instituições estatais vazias de conteúdo e utilidade, mesmo assim apoiadas nas Associações represen- tativas do tecido empresarial? Será que a UE não será capaz de con- trolar verdadeiramente os produtos importados para este espaço eco- nómico, abundante em legislação, que obriga os agentes dos Estados- -membros a respeitar, mas cega ao que vem de outras geografias? NOTAS PARA REFLEXÃO O individualismo, a superficialidade dos conhecimentos, resultado do fácil acesso à informação e às fontes de saber de origem duvidosa, a neces- sidade de atribuir responsabilidades a terceiros para aliviarmos as nossas responsabilidades, estão presentes no dia a dia de quem trabalha, e tam- bém na Refrigeração. As boas práticas de formação, susten- tadas por uma colaboração efetiva com a indústria e avaliadas em fun- ção dos resultados práticos, devem ser ponderados pelo Estado. Neste contexto, o Estado tem que diferen- ciar pela positiva as Instituições que de facto produzem trabalho útil para o tecido empresarial e apoiar anímica e economicamente as Associações que apostam no apoio técnico e de formação dos seus Associados. Finalmente, o Estado e as entidades que dele dependem têm que em pri- meiro lugar vestir a camisola Nacional, depois a da UE e só depois a da glo- balização. Aprenda-se com Espanha, França e Alemanha, entre outros países nos quais os concursos com dimen- são internacional são repartidos em concursos mais pequenos, mas com- plementares, por forma a ajudar os empresários e indústria nacional a ter condições de concorrer, sem se limitar a fornecer aos consórcios inter- nacionais mão-de-obra barata, com qualidade e conhecimento, empobre- cendo o País, as suas instituições, as suas empresas, os seus técnicos… n
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