BI298 - O Instalador

7 Portugal tem condições para descarbonizar de forma mais rápida que a UE Conclusão consta de um estudo intitulado 'Net-Zero Portugal - Caminhos de Portugal para a descarbonização', elaborado pela McKinsey & Company, que contou com a colaboração do BCSD Portugal. Apresentado a 18 de maio numa das 'Conversas sobre SustentabilidadeOnline', odocumento relevaquePortugal necessita de acelerar as tendências recentes de descar- bonização, tendo condições para descarbonizar mais rapidamente e a ummenor custo que a União Europeia (UE). Assim, Portugal pode atingir a neutralidade carbó- nica, ou o 'net-zero', antes de 2050, enquanto alcança oportunidades de crescimento. Por forma a acompanhar o objetivo de redução da UE de 55% até 2030, em comparação com os níveis de 1990, Portugal necessita de acelerar as tendências recentes de descarbonização (identificadas entre 2005 e 2019) em 20%. O estudo destaca que o objetivo 'net zero' pode ser atin- gido antes de 2050, dado o potencial de descarbonização a baixo custo que Portugal apresenta, relativamente aos restantes países europeus, podendo contribuir para o caminho de descarbonização mais eficiente da UE. No caminho de menor custo, Portugal tem condições para descarbonizar cerca de 50% até 2030 (vs 1990), dada a posiçãomais favorável do setor eletroprodutor, a maior penetração de veículos elétricos, assimcomo um maior potencial da floresta para sequestro de emissões. Este caminho implica que o País terá de aumentar as adições anuais de capacidade elétrica renovável, estimular adoção de veículos elétricos, assim como preparar o desenvolvimento e a maturação de novas cadeias de valor, como o hidrogénio verde, combus- tíveis de baixo carbono e CCUS (captura, utilização e/ ou armazenamento de carbono). É também necessá- ria uma abordagem estratégica à floresta e ao uso do solo, bem como uma ação decisiva dos setores privado e público e da sociedade civil. EDITORIAL O frio industrial e a refrigeração no setor AVAC já era importante antes da pandemia, mas com ela o setor aprimorou necessidades prova- velmente adiadas e não temos dúvida de que a crise sanitária provocou alterações à forma como utilizamos os edifícios e como são opera- dos os sistemas AVAC. Por essa razão, publicamos nesta edição de ju- nho um dossier dedicado ao tema do Frio In- dustrial no setor, com destaque para um artigo de António Granjeia, Presidente da Comissão Técnica 56 (Frio – Instalações e aplicações frigo- ríficas’) do Organismo de Normalização Setorial da APIRAC, que analisa a indústria portuguesa de refrigeração e AVAC e antecipa os desafios que esperam aos profissionais. A reabilitação urbana tem sido um dos grandes motores na última década na fileira da Constru- ção no País, representando um saldo positivo na balança comercial de 830 milhões de euros. Atualmente, a prioridade incide na sustentabili- dade dos materiais e na economia circular, com o objetivo de reduzir a pegada de carbono no setor. Foi este o mote para a Semana da Reabi- litação Urbana de Lisboa, que se realizou recen- temente, e a qual acompanhamos, assistindo a algumas conferências. Leia as reportagens mais à frente nesta edição. Destaque ainda para a mobilidade elétrica e para o fotovoltaico, dois temas que abordamos e que estão tambémnumponto de viragem, com expressivos desenvolvimentos em Portugal. Com a retoma económica à vista, é essencial o regresso à normalidade empresarial. Espe- ramos contribuir, com mais esta edição, para ajudar o mercado a reerguer-se. Só mantendo uma união setorial isso será possível. Contem connosco! Frio industrial: um segmento do AVAC que tem de ser apoiado

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