BI298 - O Instalador

Produção da Escola Rita Seixas, no Barreiro (neste caso, dia 7 de maio de 2021, em que a poupança deste dia chegou a 79%). 72 RENOVÁVEIS | FOTOVOLTAICO Com a contínua descida da tarifa bonificada e dos preços dos equi- pamentos, foi então mais apetecível começar a trabalhar em projetos de autoconsumo, sendo que alguns destes estão relacionados comequipamentos municipais, e em particular piscinas. Foi o caso da Piscina Municipal de Alhos Vedros, na Moita, na qual o município aproveitou uma grande remodelação para instalar 15 kWp, e o caso das remodelações que se aproximam das Piscinas do Montijo e de Alcochete, onde serão instala- dos 12,2 e 14,54 kWp, respetivamente. Já a construção de novos edifícios e a necessidade de os tornar tenden- cialmente nulos em necessidades de energia, levou à proposta de instalação de 31,59 kWp para autoconsumo na nova piscina da Moita, o que no total perfaz uma estimativa de futura pro- dução anual acrescida em perto de 100 MWh/ano, com o apoio técnico da S.ENERGIA. Estes exemplos são demostrativos do potencial imenso que existe para a produção descentralizada, próxima e integrada com o consumo. Com a chegada da legislação que abre o caminho para o Autoconsumo Coletivo e para as Comunidades de Energia Renovável, apesar de todas as incertezas, indefinições e outras difi- culdades por ora existentes, abrem-se novas perspetivas e novas oportunida- des de intervenção, e de disseminação no território de produção descentrali- zada fotovoltaica. Municípios, empresas, IPSS’s e cidadãos podem encontrar por via de um processo de partilha de produção e de consumo de ener- gia elétrica fotovoltaica, uma forma para investir na produção de parte da energia que necessitam, redu- zindo custos e contribuindo para a sustentabilidade energética do País, aproveitando o potencial solar dis- ponível em coberturas inseridas no meio urbano. Neste campo que agora se abre, existe ainda muito caminho para desbravar até às Comunidades de Energia Renovável serem uma reali- dade comum, mas a necessidade de trilhar esse caminho, à semelhança de outros já percorridos, reforça o papel da S.ENERGIA e das Agências de Energia no geral, no apoio às ins- tituições existentes no seu território e às empresas do setor que com elas pretendam interagir. As estratégias para a redução de emis- sões de gases com efeito de estufa têm que passar pelos edifícios, pelo modo como se consome energia nos edifícios e pelomodo como esta é pro- duzida. Os novos edifícios respondem cada vez mais a critérios que avançam para a neutralidade carbónica, com a nova legislação relativa aos edifícios de necessidades quase nulas, sendo este um caminho que preferencial- mente deverá recorrer não apenas a uma arquitetura que incorpore estas preocupações, mas também a um planeamento urbano que conjugue estas com outras funções. Sejam estas diretamente relacionadas com a energia, como o armazenamento ou o carregamento elétrico de viatu- ras, ou outras como a mobilidade e acessibilidade, a fruição do espaço público, a segurança ou a adaptação às alterações climáticas. Só conjugando estes fatores, podere- mos no curto espaço de tempo que dispomos dar resposta aos desafios que temos pela frente, rumo a territórios energética, ambiental e socialmente mais sustentáveis e, por essa via, con- tribuindo para diminuir algumas das dependências de que o nosso País padece. A S.ENERGIA, assim como as restantes Agências de Energia, estão disponíveis para continuar a coope- rar na construção deste caminho. n

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