BI299 - O Instalador

48 INTERNET DAS COISAS E SOLUÇÕES PARA EDIFÍCIOS ou alvo de grandes renovações, mas também nos edifícios existentes. Nos novos edifícios ou grandes renova- ções, as exigências consideram todas as etapas do processo, desde a conceção até à exploração. A necessidade de um projeto de GTC, a obrigatoriedade de se aplicar a norma EN15232, desig- nadamente a classe B que implica a existência de sistemas de GTC mais avançados, os requisitos de comissio- namento e manutenção, são disso o exemplo claro. Nos edifícios existentes commais de 290kW (Potência Térmica combinada com Potência de Ventilação), decor- rente da Diretiva EPBD de 2018, passa a ser obrigatória a implementação de sistemas SACE até 31 de dezembro de 2025, nas condições específicas a serem definidas em Portaria. A revisão de 2018 da Diretiva EPBD foi ainda mais longe na promoção das tecnologias que promovem a eficiência energética e o aumento da sensibilização para os benefícios do conceito de Edifícios Inteligentes, 85% ! Digitalização dos Edifícios Mensagens para Operação e Manutenção Nivel de geral de cumprimento dos requisitos WELL Controlo de Elevadores Gestão Energia: Consumos e previsões Ocupação da Sala de Conferências Ocupação dos Espaços de Trabalho 53% 85% 99% ! 93 Condições ambientais 99% Ligação inteligente entre, Ocupantes, Sistemas de Gestão Empresarial e Serviços de Operação Gestão de lugares em Parques % Satisfação de Colaboradores em particular através do estabeleci- mento de um Indicador que mede o estado de preparação de um edifício para utilizar novas tecnologias: o SRI (Smart Readiness Indicator). Este indicador permitirá avaliar a pron- tidão dos edifícios quanto à capacidade de utilizar sistemas inteligentes para adaptar sua operação às necessidades dos ocupantes, otimizando também a eficiência energética e o desempenho geral, bem como adaptar a sua opera- ção em função da rede (flexibilidade energética). O SRI deverá aumentar a consciencialização dos proprietá- rios e ocupantes dos edifícios quanto ao valor acrescentado decorrente da automação e monitorização dos sis- temas técnicos dos edifícios. O SRI é, por enquanto, um novo ins- trumento de aplicação opcional por cada um dos Estados-membros, no entanto a própria Comissão Europeia está a trabalhar num projeto de legis- lação para a Implementação do SRI, o que poderá acontecer no decorrer da revisão da Diretiva EPBD, atual- mente em curso. Seguramente que uma das formas para operacionalizar todas estas mudanças é o ELPRE - Estratégia de Longo Prazo para a Renovação dos Edifícios, umpro- grama recentemente aprovado, que em articulação com os planos para a descarbonização, considera a utilização dos SACE em alguns dos seus eixos estratégicos e prevê uma dotação orça- mental robusta para levar a cabo toda esta transformação nos próximos anos. Em suma, as vantagens de um Edifício Inteligente são óbvias e vãomuito além da economia de energia e operações otimizadas que se obtêm. Para muitas organizações, o verdadeiro benefício de um edifício altamente conectado, digital e inteligente, é a maior satisfa- ção da experiência dos seus clientes e a maior produtividade, saúde e satis- fação dos colaboradores. E isso, só se obtém com os SACE! n Em Portugal, a tendência para se obterem edifícios mais eficientes e orientados para as novas tecnologias é visível pela forma como o mercado está a dar crescente importância aos SACE e à sua correta conceção, instalação e manutenção

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