BI301 - O Instalador
ENTREVISTA 37 Destacando dois projetos em curso, estamos a aplicar pré-esforço e moldes plásticos no EXEO, uma obra da HCI e do outo lado da Gare do Oriente também com pré-es- forço estamos a participar no K-Tower para a Omatapalo, dois grandes projetos de escritórios que em breve esta- rão concluídos. A Ferca tem a exclusividade da representação do sis- tema Cobiax emPortugal. Fale-me umpoucodoCobiax e que mais-valias ambientais contempla também? O Cobiax, comercializado sobre a designação Ferca CBX, é uma solução que veio trazer, ao fim de muitos anos, uma inovação efetiva, que funciona, na área do aligei- ramento de lajes, pela forma como permite simular o funcionamento de uma laje maciça, incorporando todas os benefícios inerentes a uma laje aligeirada as sua van- tagens são evidentes ao nível da redução do peso, da redução da deformabilidade, na possibilidade de aumen- tar vãos ou reduzir espessuras, tudo efeitos relevantes e com impacto no resultado final do investimento quer do ponto de vista arquitetónico que económico. Do ponto de vista ambiental, um aspeto que o setor tem vindo crescentemente a valorizar, a vantagem do sistema decorre essencialmente do fato de ser constituído por plástico nacional 100% reciclado, o que permite criar, no fundo, um mecanismo de economia circular reuti- lizando recursos existentes, não esquecendo que a sua utilização ao reduzir as necessidades de betão armado, reduz a necessidade de produção de cimento e o uso de recursos naturais como os inertes e a água. OS MATERIAIS E A SUA RECICLABILIDADE Os materiais e a sua reciclabilidade são, cada vez mais, aspetos importantes no setor da Construção. Como tem a Ferca também dado importância a esta questão? Soluções como o Ferca CBX ou o Cupolex já utilizammate- riais reciclados na sua produção e, como tal, já participam nesse esforço de reciclabilidade ao dar um novo e perene destino a materiais que a atividade económica rejeita. Um ponto que a nossa comunicação tem de focar mais. Quais são os objetivos da empresa emPortugal e, além deste, em que mercados também estão presentes? A Ferca está neste momento a reforçar a sua estrutura interna com a contratação de novos colaboradores e a investir na certificação da sua gestão de qualidade, o que nos permitirá crescer de forma mais estável. É funda- mental preparar a organização para crescer mantendo os padrões que os nossos clientes estão habituados. Os objetivos passam, essencialmente, por estabelecer novas parcerias para alargar o portefólio firmando a empresa em novas áreas de negócio no mercado nacional para além de continuarmos investidos da urgência de procu- rar novos mercados internacionais. O grupo detém sociedades estabelecidas em Angola, Moçambique e Cabo Verde, mas à exceção deste último, a atividade é de momento bastante reduzida. À parte des- tes mercados existem, contudo, oportunidades noutras latitudes, por exemplo, estamos neste momento envol- vidos na construção de um viaduto em Abidjan, na Costa do Marfim. Que radiografia traça dos setores da Construção e Engenharia em Portugal e que impactos teve a pan- demia nestes setores? Felizmente, nesta crise, o setor da Construção não se encon- tra entre os mais afetados, para quem atravessou a crise anterior não há comparação possível, e nesta fase, pode-se dizer que o setor está a atravessar um excelente momento em termos de volume de trabalho, que se antevê possa continuar ainda por mais alguns anos. Veremos mais à frente se este bom momento se traduz na rentabilidade e no reforço da capacidade das empresas para enfrentar situações mais desafiantes que hão-de-vir. A pandemia trouxe desafios na organização do trabalho que o mercado soube acolher mas, de momento, o maior desafio, que também resulta da pandemia, é a instabi- lidade e o aumento constante das matérias-primas e, consequentemente, de todos os materiais envolvido no processo de construção, este facto acabará por ter impacto no valor final do produto e no equilíbrio do mercado. Quais são os desafios que se colocama estemercado? As empresas estão preparadas para mudanças como a digitalização e a indústria 4.0? Julgo que sim, o ambiente económico onde se movem as empresas do nosso setor é hoje significativamente dis- tinto de há uns anos, toda a evolução ao nível dos agentes do mercado imobiliário, as exigências organizacionais que se impõem, a concorrência baseada na qualidade e inovação, são fatores que fizeram com que empresas do setor tenham evoluído para se adaptarem ao mercado. E depois temos as novas gerações que ingressam no mer- cado e que transportam consigo uma cultura digital que o setor também saberá aproveitar. Quais os objetivos da Ferca para os próximos anos? O último desafio foi o lançamento de uma nova geração do sistema Cobiax que apresentámos em outubro, na Tektónica, e que juntamente comnovas parcerias ainda em fase de negociação esperamos que nos permita manter uma empresa relevante no mercado que incorpore ino- vação, sustentabilidade e racionalização na construção. n
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