BI306 - O Instalador

ASSOCIAÇÕES 56 APIRAC divulga ação conjunta europeia para uma energia mais segura e sustentável a preços mais acessíveis Que medidas sem precedentes serão necessárias para a instalação de bombas de calor em massa? Nuno Roque Secretário-Geral da APIRAC As Bombas de Calor têm sido referenciadas cada vez commais insistência no quadro de soluções europeias para responder aos objetivos estabelecidos para a descarbonização e diminuição da fatura energética, commetas crescentes para 2030 e 2050, data emque se pretende atingir o saldo zero entre produção e emissões em toneladas equivalentes de dióxido carbono. Recentemente, como eclodir da guerra na Ucrânia, a Comissão Europeia adotou recentemente a Comunicação ‘REPowerEU - uma Ação Europeia Conjunta para uma energia mais acessível, segura e sustentável’. Trata-se de um esboço de um plano para tornar a Europa independente das importações de combustíveis fósseis da Rússia. O documento apresenta uma série de medidas para responder ao aumento dos preços da energia na Europa e para reconstituir as reservas de gás. No seguimento da invasão da Ucrânia pela Rússia, as razões para uma transição rápida para as energias limpas nunca foram tão fortes nem tão claras. A UE importa 90% do gás que consome, sendo a Rússia responsável pelo fornecimento de mais de 40% do consumo de gás da UE. A Rússia representa igualmente 27% das importações de petróleo e 46% das importações de carvão da UE. Importante para o nosso Setor, a comunicação anuncia uma aceleração do lançamento de bombas de calor: "a Comissão ajudará a desenvolver ainda mais a cadeia de valor da energia solar e eólica e das bombas de calor [...] Ao duplicar o seu ritmo anual previsto de implantação de bombas de calor na primeira metade deste período [ou seja, o período até 2030], a UE atingiria 10 milhões de bombas de calor instaladas nos próximos cinco anos. Isto pouparia 12 mil milhões de m3 para cada 10 milhões de bombas de calor instaladas pelos agregados familiares. A implantação acelerada de bombas de calor no mercado exigirá um rápido aumento de toda a cadeia de abastecimento e será acompanhada por medidas para impulsionar a renovação de edifícios e a modernização do sistema de aquecimento urbano". Há também uma forte declaração sobre a importância do princípio da eficiência energética emprimeiro lugar: “o princípio da eficiência energética em primeiro lugar é mais relevante do que nunca e deve ser aplicado em todos os setores e políticas, com medidas de resposta à procura que complementem as do lado da oferta”. Neste contexto, coloca-se a questão sobre ser realista o objetivo de instalação de 10 milhões de Bombas de Calor nos próximos cinco anos e 30 milhões até 2030 e, se sim, que medidas serão necessárias para satisfazer a procura dos decisores políticos e da sociedade. A este respeito, o debate sobre o tema é fundamental: que medidas sem precedentes serão necessárias para a instalação de bombas de calor em massa? Agradecemos a partilha das vossas reflexões com a APIRAC, podendo enviar os vossos contributos para o endereço: secretario-geral@apirac.pt n

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