78 TRANSIÇÃO VERDE Grande maioria da população portuguesa acredita que a transição verde vai melhorar a sua qualidade de vida Inquérito sobre o Clima 2021-2022, realizado em setembro de 2021, publicado agora pelo Banco Europeu de Investimento (BEI), traz dados novos sobre a forma como os cidadãos encaram a transição verde e as alterações climáticas. Serão as políticas de combate às alterações climáticas benéficas para a economia? A maioria dos portugueses tende a concordar: 69% dos inquiridos acreditam que a transição verde será uma fonte de crescimento económico (acima da média da UE, de 56%). Além disso, mais de três quartos (83%) dos inquiridos portugueses acreditam que a sua qualidade de vida vai melhorar, prevendo um impacto positivo na qualidade da sua alimentação ou da sua saúde. As políticas destinadas a fazer face à emergência climática são também consideradas positivas para o mercado de trabalho: dois terços da população portuguesa (65%) acreditam que estas terão um impacto líquido positivo nos níveis de emprego no País, criando mais postos de trabalho do que aqueles que serão eliminados. No entanto, uma maioria (58%) prevê que o seu poder de compra irá diminuir coma implementação da transição verde. MIGRAÇÃO PARA OUTRAS REGIÕES E MUDANÇA DE EMPREGO Apopulação portuguesa considera que os desafios relacionados comas alterações climáticas vierampara ficar. Cerca de dois terços (66%) acreditamque, em meados do século XXI, a emergência climática ainda será umproblema grave. Os inquiridos portugueses encaram as alterações climáticas como uma ameaça ao seu local de residência. Quando questionados sobre o impacto a longo prazo da crise climática, um quarto da população portuguesa (25%) prevê que, no futuro, terá de mudar- -se para outra região ou país devido às alterações climáticas. ADAPTAÇÕES DO ESTILO DE VIDA A LONGO PRAZO Os portugueses estão conscientes das mudanças de comportamento que serão necessárias para combater as alterações climáticas. Consideram que as mudanças individuais no estilo de vida no sentido de reduzir as emissões de carbono ganharão uma força significativa nos próximos 20 anos. Mais de um terço dos inquiridos (39%) pensa que a maioria das pessoas deixará de ter carro próprio daqui a 20 anos e dois terços (67%) acreditam que a maioria dos trabalhadores adotará o regime de teletrabalho para con-
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