SEGURANÇA 106 Trata-se de um sistema de segurança que consiste na instalação de cabos de aço, cordas ou fitas e até um trilho ou viga metálica, a que se liga o cinto de segurança de um ou vários utilizadores (trabalhadores), que por sua vez está amarrada a ancoragens. São vários os tipos de ancoragens e linhas de vida, que em função do tipo de utilização, têm enquadramento normativo nas Norma EN 795, que distingue cinco tipos de ancoragem: Tipo A - Estrutural de caráter permanente (ex: plaquete), Tipo B - Provisórios e Transportáveis (ex: tripé), tipo C - Linhas Horizontais Flexíveis, Tipo D - Calhas Horizontais Rígidas, Tipo E - Peso Morto, para uso de uma única pessoa em simultâneo. Destes, as do tipo B e E, classificam-se como EPI’s. Esta Norma 795 refere como resistência mínima dos dispositivos de ancoragem 18KN, no caso de serem têxteis e 12KN no caso de seremmetálicos. Estes sistemas podem ser permanentes, temporários, e dentro destas verticais ou horizontais. As linhas de vida temporárias são adequadas a necessidades pontuais e podem ter componentes têxteis. Ainda assim, devem, como as permanentes, ser sujeitas a inspeções periódicas e respeitar todas normas, prescrições legais e de segurança. As linhas de vida temporárias verticais ou horizontais podem ser instaladas e desmontadas no decorrer do trabalho, permitindo que o equipamento seja utilizado e reutilizado emdiferentes tarefas. Já os sistemas fixos, que também podem ter orientação vertical ou horizontal, estão ancorados durante todo o período a uma estação de trabalho. Uma linha de vida permanente é aconselhada para atividades em altura frequentes, nomeadamente em infraestruturas que necessitam de manutenção recorrente ou regular. Nestes casos os seus componentes devem ser mais resistentes. devem ser sujeitos a inspeções periódicas e alvo de manutenção regular, que garantam a sua certificação e bom estado de conservação. A montagem ou instalação de uma linha de vida provisória ou permanente, vertical ou horizontal, devem sem reservas cumprir o seu propósito de segurança máxima, pelo que todos os elementos que compõem o equipamento devem ser concebidos, certificados ou homologados, conforme as normas e prescrições de segurança, sendo usados de acordo com as prescrições e propósitos definidos pelo fabricante e a instalação assegurada por técnicos qualificados e competentes. CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO DE LINHA DE VIDA Ao projetar um sistema de proteção contra quedas, existem três critérios básicos que devem ser levados em consideração: a) Carga Máxima de Retenção (CMR); b) Força Máxima de Retenção (FMR); c) Zona Livre de Queda (ZLQ). Os componentes emateriais devem ser capazes de suportar a carga máxima de retenção (ancoragens) e a força máxima de retenção (utilizador/trabalhador) à qual estão expostos no caso de uma queda. A força máxima de retenção, ou seja, a força admissível no corpo do trabalhador, deve situar-se no limite aceitável, de modo que a probabilidade de lesões sofridas por este seja reduzida ao mínimo. Já a zona livre de queda, é à distância do nível de trabalho para o nível inferior. Sempre que a folga exigida para que um sistema de travamento de queda seja ativado, uma única restrição de queda será suficiente. Ilustração de sistema de ancoragem. Ancoragens incorporadas na construção.
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