BI311 - O Instalador

56 GESTÃO TÉCNICA CENTRALIZADA Já a medida ‘BCEM 2.0 – Bombas de Calor em Edifícios Municipais e IPSS’, promovida pela AMCB, temcomo objetivo continuar o sucesso da medida ‘BCEM – Bombas de Calor em Edifícios Municipais’ que neste momento se encontra a produzir uma poupança de perto de 1 549 225kWh/ano. Nesta candidatura é proposta a substituição de equipamentos obsoletos de climatização, por ares condicionados do tipo bombas de calor nos edifícios e infraestrutura dos municípios e IPSS, contribuindo para uma melhoria das condições de conforto dos utentes nos locais de intervenção. A intervenção prevê a substituição de 1650 equipamentos de climatização obsoletos por 550 bombas de calor do tipo Ar/Ar de Classe Energética A+ ou superior, com apoio de um sistema de Telegestão. Os benefícios esperados da implementação desta medida é a redução de 5 332 564kWh/ano de energia elétrica, traduzindo-se numa poupança anual de cerca de 550 320,60€/ano. Ainda na região, nas termas da Fonte Santa, no Município de Almeida, foi implementada de forma bem-sucedida uma bomba de calor do tipo água/ água, que utiliza a energia geotérmica água, captada a cerca de 931mde profundidade, para aquecimento de águas das Termas e arrefecimento da água consumida, reduzindo o consumo em 82,37% face ao equipamento anterior. Embora haja desenvolvimento contínuo nas várias tecnologias, atualmente, grande parte dos equipamentos existentes já apresentamelevada eficiência, pelo que para obter uma redução ainda mais expressiva dos consumos de energia é necessário atuar diretamente no funcionamento do equipamento ao longo do tempo. Isto é, por exemplo, controlar os parâmetros de funcionamento e o período de funcionamento de um determinado equipamento de forma que seja possível ter um consumo mínimo sem abdicar das vantagens da utilização do mesmo. Esta necessidade ganha mais expressão ainda quando os edifícios são de maiores dimensões e, consequentemente, os consumos serão maiores. No entanto, nos edifícios de maiores dimensões, é praticamente impossível fazer a gestão dos parâmetros e o funcionamento de todos os aparelhos em tempo real manualmente pelo que a utilização de uma GTC – Gestão Técnica Centralizada é fundamental. As Piscinas Municipais são o exemplo perfeito de como a implementação de uma GTC poderá afetar de forma positiva os consumos energéticos de um edifício. Nestes edifícios, tem-se vários equipamentos de consumo de energia, como é o caso da caldeira, desumidificadores e sistemas de iluminação. A GTC permitirá definir e controlar os parâmetros dos vários dispositivos existentes, permitindo não só monitorizar os consumos em tempo real dos vários equipamentos, e otimizar o consumo dos mesmos, podendo reduzir em 25% o consumo do edifício e também detetar avarias e anomalias que, caso não sejam detetados a tempo, podem provocar danos substanciais aos equipamentos e no edifício. Na área de abrangência da ENERAREA, nos últimos anos, foram projetados sistemas de GTC para edifícios com maiores consumos dos Municípios de Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Fundão, Gouveia, Guarda, Manteigas, Mêda, Penamacor, Pinhel, Sabugal, Seia e Trancoso. Como se sabe, os municípios apresentam um consumo de energia elétrica bastante elevado, ocupando uma grande fatia do orçamento global. Para reduzir os custos associados com a aquisição de energia elétrica, a ENERAREA promove regularmente a realização concursos de aquisição energia elétrica conjuntas, aproveitando o consumo elevado dos Municípios para obtenção de preços de energia mais reduzidos. No último ano, foram realizados dois concursos de fornecimento de energia, obtendo uma poupança global anual de 552 447,31€, equivalente a uma redução de 13%. n

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