Nuno Roque Secretário-Geral da APIRAC APIRAC apresentou ao Governo propostas para redução do consumo de gás Chegando ao conhecimento da APIRAC a consulta realizada pela Agência para a Energia (ADENE) durante a primeira quinzena do mês de agosto, a pedido do Governo português, junto de entidades e associações que possam contribuir com sugestões de medidas para a elaboração de proposta para a redução do consumo de gás na União Europeia, não poderia esta Associação abdicar da sua responsabilidade de representação setorial sempre que envolvidos tecnologia, empresas e postos de trabalho inerentes às competências e especialidades envolvidas, no que ao desempenho energético e impacto ambiental diz respeito. Nos últimos meses, a Europa tem sido marcada pela guerra na Ucrânia e pela utilização do fornecimento do gás como uma arma política pela Rússia. Esta situação tem causado desequilíbrios e um aumento dos custos do gás com um forte impacto na vida dos europeus. A maioria dos Estados-membros da União Europeia (UE) têm já em curso as suas medidas para reduzir o consumo de energia a nível nacional, tal como foi pedido pela Comissão Europeia, em julho. Tais planos pretendem garantir o cumprimento do acordo europeu para a redução do consumo energético, atingindo uma meta à escala nacional de redução de 7%. As alterações climáticas obrigaram a tecnologia do Setor a evoluir rapidamente. O controlo das emissões e as exigências para o desempenho energético, têm conduzido este Setor a uma qualificação nunca vista, no plano das soluções técnicas, dos profissionais e das empresas. A nossa observância privilegia o parque edificado, que em Portugal é efetivamente antigo. Nas zonas urbanas no litoral continental, onde se concentra a grande maioria da população portuguesa, os edifícios são marcadamente carenciados de uma envolvente energeticamente eficiente. Acresce que as 62 ASSOCIAÇÕES novas construções na Europa, e também em Portugal, são na ordem de 1%, face ao edificado existente. Esta circunstância não permite com novas construções melhorar a qualidade de vida da generalidade da população. Face à pobreza energética, que resulta quer das condições das construções, quer do baixo rendimentomédio, coloca-se a questão do que poderá ser a melhor solução na relação custo/ benefício.
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