BI315 - O Instalador

49 DOSSIER EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFÍCIOS edificado já existente. E esse é o principal desafio no que concerne às metas da Comissão Europeia. Convém lembrar que Portugal é dos países que apresenta piores números referentes à pobreza energética do edificado. Basta pensar no frio que muitas pessoas passam todos os invernos. Sobre este tema em particular a opinião de Islene Façanha é a de que os primeiros passos foram dados, mas ainda estão aquém do esperado. MEDIDAS PASSIVAS AUMENTAM CONFORTO TÉRMICO Quando não é possível recorrer a medidas estruturais – seja porque o edificado já existe e implica investimentos avultados ou obras quase que impossíveis de fazer – o recurso passa pela utilização das consideradas medidas ativas (e mais voltadas à produção de energia). “Se usarmos os programas de apoio como base, como o edifício + sustentáveis, a maioria das candidaturas submetidas adotaram medidas como: painéis fotovoltaicos, janelas mais eficientes e bombas de calor (medidas ativas e que são mais voltadas à produção de energia)”, constata Islene Façanha. Basicamente as pessoas tentammanter a temperatura ambiente (evitando o desperdício da energia utilizada na ambientação dos espaços) e (nalguns casos simultaneamente) na produção de energia para autoconsumo (por forma a reduzir as faturas de eletricidade). “Medidas passivas, como o isolamento ainda são de menor adesão”, aponta Islene Façanha, que acrescenta que no âmbitodeuma avaliaçãodos programas de apoio para os edifícios realizada pela ZERO, dada as especificidades técnicas e poucas submissões de candidaturas para Aplicação ou substituição de isolamento térmico, sugeriu-se a experiência de criação de um aviso dedicado, em especial para componente de isolamento de paredes e coberturas, com definição e validação técnica da adequação de medidas. Face a isto a associação sugere enquadrar a possibilidade de apoio técnico, nomeadamente através da necessidade de certificado energético (comparticipação superior), e acompanhado de maior verificação de qualidade da intervenção para prevenir potenciais patologias futuras. Mas há novidades “A boa notícia é que, depois desta avaliação dos programas realizados pela ZERO em parceria com o Fundo Ambiental, o relatório do PAE+S II aponta uma reflexão interessante sobre “Ponderar a eliminação ou reduzir o incentivo das medidas ativas (bombas de calor, recuperadores de biomassa e sistemas solares fotovoltaicos)” e “Priorizar as medidas passivas ( janelas, isolamentos de coberturas, pavimentos e paredes), através da revisão do nível de comparticipação por medida e do valor limite.” O que parece ser muito interessante para avançarmos com medidas realmente eficazes na raiz do problema.” SETOR DA CONSTRUÇÃO TEM DE ESTAR ENVOLVIDO Janelas, bombas de calor, ar condicionado. Medidas que podem ser levadas a cabo para tentar aumentar o conforto térmico das casas e, simultaneamente, torna-las mais ef icientes a nível energético. Isso passa muito pela escolha dos materiais (ou equipamentos) mais eficientes. E nos últimos anos verificou-se uma evolução muito positiva nesse sentido.

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