BI317 - O Instalador

26 DOSSIER AR CONDICIONADO equipamentos vendidos em 2021, em relação aos dois anos anteriores, pormenoriza o secretário-geral da APIRAC. Já no segmento Ventilação, são protagonistas as UTAs e Permutadores recuperadores autónomos Ar-Ar, respetivamente com desempenhos de crescimento de vendas na ordem dos 25% e dos 32%, face a 2019. A preocupação ambiental tem estado subjacente à evolução tecnológica, indo ao encontro das metas europeias. De acordo com Cláudia Casaca, o mercado das bombas de calor tem procurado responder com a utilização de fluidos frigorigéneos cada vez mais inofensivos (com GWP, potencial de aquecimento global a tender para 0), como o R32, apontado como a opção do mercado, ou o R290 (propano), não obstante “a preocupação pela sua maior inflamabilidade”, explica a vice-presidente da EFRIARC. Sublinhando que “o aumento de utilização de bombas de calor para climatização está a processar-se acima de dois dígitos nos EUA”, Cláudia Casaca defende que na Europa “esse processo está em grande desenvolvimento desde que se iniciou a invasão da Ucrânia pela Federação Russa”. Na sua opinião, esta propensão do mercado permitirá aumentar a eficiência energética e limitar a queima de combustíveis, “proporcionando uma enorme redução de GEE” (gases com efeito de estufa). A eficiência energética é, de resto, “uma das principais tendências no sector”, como reitera Nuno Roque. A tecnologia é outra, e “tem vindo a evoluir rapidamente para tornar os equipamentos energeticamente mais eficientes e ecologicamente mais competentes”. Segundo o secretário-geral da APIRAC, verifica-se uma aposta “em tecnologias de controlo digital, materiais mais leves e duráveis e designs mais inteligentes, para melhorar o desempenho. E a verdade é que “os sistemas estão cada vez mais inteligentes e conectados”, e podem ser controlados de forma eficiente por meio de smartphones e outros dispositivos. Mais que uma tendência, uma inevitabilidade, “o previsível aumento de temperatura e humidade ambientes no futuro vai implicar a utilização de climatizadores como uma necessidade e não um luxo, como tem sido até agora”, alerta Cláudia Casaca. Para a responsável da EFRIARC a energia fotovoltaica, “apesar de não ser o ar condicionado em climatização, é uma energia que produz eletricidade e que tem aumentado a sua procura”. E não por uma questão “puramente” ambiental, mas também por autonomia energética. Prevê-se ainda o surgimento de “condicionadores de ar tecnologicamente avançados, com inversores e tecnologias de purificação de ar”, avança. Também se assiste “a umesforço de inovação no sentido da utilização de fluidos naturais, tais como o CO2, o hidrogénio e o próprio amoníaco”, garante Cláudia Casaca, e estão-se a desenvolver “sistemas de climatização que não utilizem qualquer fluido frigorigéneo, como seja a refrigeração magnética ou materiais de mudança de fase”.

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