BI317 - O Instalador

68 ENERGIA “O aproveitamento energético das ondas e marés: um caso de lusu- -locally unwanted sea use?” Nuno José Ribeiro, Advogado, Pós-Graduado em Direito da Energia O aproveitamento de fontes renováveis para a produção de energia é tão velho quanto o mundo. Apenas dois exemplos: durante séculos foi a força dos ventos que moveu barcos e moinhos e só a primeira revolução industrial fez com que estas e outras fontes tradicionais de energia adquirissem um papel algo secundário face ao carvão, primeiro, e ao petróleo e seus derivados, depois. Há essencialmente quatro tipos de fontes de energias renováveis: as eólicas, as de base agrícola, as do mar (ondas e marés), e o mix a que habitualmente se chama biomassa. Verifica-se uma clara preponderância da energia eólica e das fontes solares como demonstram as incontáveis torres eólicas e painéis que vão salpicando o nosso território. Tal opção explica-se em termos sinópticos por duas razões: a) A tecnologiausadapela energia eólica e pela solar é simultaneamentemais avançada emais acessível, tanto técnica como comercialmente. titulo de exemplo, e no caso do Reino Unido, refira-se que o custo estimado da eletricidade produzida pelas marés com a metodologia da sociedade Stingray varia entre 4,7 e 12 pence por kWh, que é mais caro do que a energia nuclear ou a eólica. b) Portugal estápressionadopelos objetivos comunitários que temque atingir emmatéria de energias renováveis a muito breve trecho e daí, possivelmente, a opção por tecnologias que permitem alcançar objetivos políticos de forma mais imediata.

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