103 DOSSIER RENOVÁVEIS: ENERGIA EÓLICA Do ponto de vista tecnológico, o projeto da Endesa para o Pego combina os principais eixos da estratégia portuguesa agora anunciada pelo Governo no PNEC, compondo-se de uma capacidade de produção solar de 365 megawatts (MW), eólica de 264MW, de armazenamento com baterias de 168MW, e de produção de hidrogénio verde, hibridizados sobre somente 224MVA de capacidade de injeção na rede elétrica. O produto combinado destas tecnologias, permitirá a injeção fiável de 1,3TWh de energia renovável no sistema português a partir de 2026, com um fator de carga de 70% na rede, despachável através da sua componente de armazenamento com baterias, e com capacidade de armazenamento de longo prazo através da sua componente de produção de hidrogénio verde. Em agregado, representará mais de 300 mil toneladas de emissões de CO2 evitadas anualmente. Este importante grau de hibridização do projeto, numa razão de 1/3 entre capacidade de injeção na rede e capacidade renovável instalada, permite acelerar a entrada de energias renováveis no sistema nacional de maneira competitiva, sem requerer investimento adicional na rede de transporte, oferecendo ao mesmo tempo um serviço muito mais fiável devido ao elevado fator de carga alcançado, com característica despachável, ao contrário dos tradicionais projetos renováveis, com fatores de carga inferiores a 35% e de característica intermitente. Do ponto de vista social, o projeto da Endesa centra-se no objetivo de uma transição energética justa para as regiões que são vítimas das decisões globais de política energética, e que se veem afetadas do ponto de vista socioeconómico em nome do bem comum, neste caso pelo encerramento da antiga central de carvão do Pego. O projeto da Endesa preconiza a criação de 75 postos de trabalho diretos permanentes até 2026, baseados na região de Abrantes, para onde a empresa transferiu a sua sede social em Portugal em 2022, e um objetivo de incorporação prioritária nestes novos postos de trabalho de ex-trabalhadores diretos da antiga central de carvão. Mais além deste importante compromisso em matéria de criação de emprego, a Endesa tem em execução desde em março de 2023 um programa de formação global em energias renováveis que pretende formar e certificar um mínimo de 1.300 profissionais até 2026, qualificando, ou requalificando, mão de obra especializada para responder às metas de desenvolvimento do setor de energias renováveis em Portugal. Em paralelo, os projetos de energias renováveis solares e eólicos da Endesa que compõem este empreendimento, serão realizados sob uma perspetiva de criação de valor partilhado com os nossos vizinhos no território, sendo abertos à compatibilização com atividades agropecuárias, a desenvolver em conjunto com parceiros locais. A Endesa está firmemente comprometida com os objetivos de política energética de Portugal, pretendendo fazer do seu projeto de energias renováveis do Pego uma referência europeia e mundial de transição energética justa. É muito importante ressalvar que a Endesa é também a vencedora em Espanha do primeiro projeto de Transição Justa (Andorra em Teruel), o que a torna numa das empresas energéticas principais no que diz respeito à definição do futuro energético da Península Ibérica e a reconfirma como uma empresa industrial estratégica para ambos os países. n
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