TÉCNICA 120 EM SEGURANÇA SE SOLDA, CORTA E MOLDA METAIS… [4] Manuel Martinho Engenheiro de Segurança no Trabalho …Continuação do artigo anterior. Quando necessitamos de ligar peças e/ou subprodutos, teremos que ponderar qual o processo mais indicado para o efeito. São fatores importantes o(s) material(ais) a ligar, as solicitações a que o conjunto vai estar sujeito e a resistência requerida, a quantidade a ligar, o nível de manutenção desejado e a facilidade de realização / execução e acesso, assim como problemas relacionados com concentração de tensões, deformações por tensões de origem térmica, entre outros. Porque entendo ser muito importante a compreensão dos processos de construção metálica, cujas opções construtivas, montagem e finalidade dependem as abordagens de planificação da segurança julgo reconhecendo a especificidade técnica desta disciplina, que aos técnicos da área compete, creio, e sem propósito nela me querer imiscuir, creio ser de de referir de forma sintética alguns aspetos genéricos enquadradores destas atividades, que complemente a conceção na tomada de decisões, insegurança na construção e montagem de estruturas metálicas pode levar a deformações, instabilidade e colapsos que comprometem desde logo a fase de construção, mas também a sua utilização e vida útil. A LIGAÇÃO ENTRE PEÇAS Atendendo aos fatores atrás referidos, poderemos optar por uma ligação amovível ou inamovível. Como exemplos de ligações amovíveis, que podem ou não ser flexíveis, poderemos considerar o aparafusamento, a montagem rápida (molas) ou a rebitagem (esta necessita de trabalho suplementar para a desmontagem). Já nas flexíveis a rotação entre peças, normalmente é assegurada por rótula. As ligações inamovíveis têm um elevado grau de rigidez para manter constante o ângulo entre peças sujeitas a quaisquer ações permanentes (peso próprio e cargas) e variáveis (vento, sismo, temperatura), até atingir o momento resistente de ligação. A soldadura é exemplo de uma ligação inamovível. A colagem, dependendo do adesivo utilizado e da forma como pode ser removido (forma mecânica ou forma química), poderá ser considerada uma ligação amovível ou inamovível. Por vezes pode também ser utilizada a conformação plástica, que poderá ser considerada uma ligação inamovível, uma vez que a desmontagem conduz à degradação parcial do material ligado. Há ainda as ligações semirrígidas que possuem um comportamento intermediário entre as duas referidas. Estão neste caso por exemplo as que permitem uma deformação de funcionamento controlada, algumas colagens, em função do tipo de adesivo utilizado e da forma como pode ser removido (forma mecânica ou forma química). Cabe ao projetista analisar o modelo estrutural, para assegurar que uma ligação seja segura, a partir do qual deve determinar as ações (esforços) solicitantes nos elementos, sendo certo que devem ser menores que os respetivos esforços resistentes. Tanto as ligações amovíveis aparafusadas quanto as ligações inamovíveis soldadas bastante utilizadas simultaneamente na mesma peça(s), sendo as primeiras maioritariamente usadas nas ligações de fábrica e as segundas na instalação (assemblagem / montagem / de estruturas metálicas. É assim
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