BI330 - O Instalador

TÉCNICA 122 São genericamente tanto para filete como para chanfre, quatro as posições de soldadura: i. Plana - a mais comum de todas as posições de solda, nela a superfície superior da junta é soldada, permitindo que o metal fundido flua para baixo na ranhura ou nas bordas da junta. ii. Horizontal – este tipo é uma soldadura fora de posição, exige destreza, uma vez que o eixo de solda se situa na horizontal, podendo haver a necessidade de ajustar a solda para cima para se conseguir garantir o processo corretamente. iii. Vertical – aqui a peça e a solda ficam na vertical, podendo a execução ser feita de forma ascendente ou descendente havendo o constrangimento do metal fundido escorrer acumulando-se sobre o metal. iv. Suspensa – é feita pela parte inferior da junta, a soldadura é feita com as peças metálicas acima do soldador. É uma posição difícil que exige habilidade do soldador, até porque os soldadores permanecem deitados no chão para soldagem suspensa. Compreender as posições de soldadura é fundamental, não apenas na ajuda à escolha e compatibilização dos materiais, processos e técnicas para a realização de um trabalho, mas também para garantir segurança e eficiência. A relevância de conhecimento das posições de soldadura resulta de os trabalhadores envolvidos nos trabalhos de soldadura, particularmente os soldadores, estarem expostos a fatores de risco tão diversos e distintos como as posturas mantidas/ forçadas pelas condições de execução sobretudo quando a soldadura ocorre em peças ou elementos de construção já instalados, trabalho em altura, debaixo de água, com diferenças de pressão atmosférica, bem como as particularidades de laborar em espaços confinados desadequados, com ventilação precária ou em deficitária, sujeitos a agentes químicos/ fumos, deficientes condições de iluminação / encandeamento e/ou contrastes radiação (UV, IV e luz visível - com atingimento cutâneo e/ou ocular), ruído, vibrações, desconforto térmico, e outras condicionantes. Deve assim ser sempre feito o levantamento das condições que concorrem para a realização do trabalho, não só as variáveis de condição como atrás se refere, mas também a escolha e qualificação dos trabalhadores, a planificação da atividade por confirmação “in loco” do tipo de soldadura, os equipamentos necessários e os materiais (metal de adição), sem esquecer os mecanismos de proteção, emergência, resgate, primeiros socorros, deteção de gases, combate a incendio os quais devem estar aprovisionados e disponíveis no momento da execução. O metal de adição e o seu modo de transferência são fatores determinantes para escolha da posição de soldagem a escolher, até porque para soldar de maneira suspensa, deve verificar-se se o metal de adição é adequado, sem o que será necessário ajustar os seus parâmetros da soldadura para os otimizar a esta posição. Alem do mais, procurar e assegurar a posição confortável para o executante é pertinente para trabalhar e obter rendimento, qualidade e trabalho seguro, bem sei que nem sempre este é conseguido, porém a procura do mesmo é uma atitude e desafio. AUTORIZAÇÃO DE TRABALHOS Neste como noutros setores algumas atividades de trabalho são de risco elevado, como as relacionadas com espaços confinados, trabalhos em altura, trabalhos a quente, trabalhos em zonas ATEX, movimentação mecânica de cargas, manutenção área elétrica, etc. Como se depreende perante a necessidade da realização deste tipo de trabalhos deve ser implementado um conjunto de medidas preventivas e de boas práticas capaz de prevenir e mitigar os riscos a que os executantes estão expostos, e daí a necessidade de um conjunto de ações plasmado em documento específico assinado pelos responsáveis da construção e ou exploração, que vão desde a descrição pormenorizada do trabalho ao modo de execução (Modo Operatório – MOP) e modo de execução, identificando os perigos e riscos associados, de cuja avaliação (AV-Avaliação de Riscos) se relevam as condições e as medidas preventivas e de proteção a implementar no inicio da execução, a partir do qual se controla a execução e afere a eficácia e revê procedimento, se necessário. Este documento, a que tecnicamente chamamos de Autorização de Trabalho (AT) ou Permissão de Trabalhos (PT), muitas vezes também identificada como “WP - Work Permit” é fundamental para um Programa de Gestão de Riscos (PGR) deve ser lavrada em varias vias, normalmente três sendo entregue pelo solicitante do serviço responsável pela execução do trabalho de risco ao responsável pela avaliação e tomada de decisão do Dono de Obra e/ou exploração da unidade, previamente à execução da tarefa(as) a realizar.

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