BI333 - O Instalador

AVAC: O QUE ESPERAR EM 2025 A regulação, imposta pela Comissão Europeia, está a condicionar a estratégia dos fabricantes. Exigências que têm como objetivo proporcionar uma maior eficiência energética e salvaguardar o planeta. Alexandra Costa 28 TENDÊNCIAS AVAC 2024 foi um ano cheio de novidades no que concerne ao setor AVAC, sendo a mais importante (e com maior impacto) a publicação do novo Regulamento F-Gas. O que implicou, como refere Nuno Roque, diretor-geral da Apirac, “grandes transformações legislativas e regulamentares”. Face a isto, acrescenta, “vamos entrar em 2025 com a tecnologia de refrigeração, ar condicionado e bombas de calor num processo de evolução sistémica para se tornar ainda mais eficiente em termos energéticos, ecológicos e inteligente”. Opinião partilhada por Nelson Ferreira, responsável Internacional Indústria 4.0 na Bosch, que refere que o setor de AVAC enfrenta transformações significativas impulsionadas sobretudo por metas globais de transição energética e ambientais. Metas que, adicionalmente, são acompanhadas por uma maior consciencialização para os temas da sustentabilidade, conforto e saúde. E são precisamente essas preocupações adicionais que “trazem grandes desafios para o setor do AVAC”. Francisco Augusto, country leader Portugal da Trane, por seu lado, aponta que existe nitidamente uma maior procura de soluções de aquecimento tendo em vista a redução da queima por caldeiras. O executivo afirma mesmo que existem mesmo casos onde as unidades só frio são trocadas por bombas de calor. “Estão a ser introduzidas unidades mais eficientes para nichos de mercado, mas que irão, força da economia de escala, entrar noutros setores com o tempo”, constata. Na mesma linha Nuno Roque aponta que, do ponto de vista ambiental, as bombas de calor serão a forma mais económica e neutra para efeitos de aquecimento e arrefecimento, embora se apresentem ainda como investimento dispendioso para os consumidores. “Os decisores políticos deverão comprometer-se inequivocamente com as tecnologias das bombas de calor, criando condições económicas favoráveis para a solução de climatização mais limpa que existe. Como medida imediata, a política deve desde logo visar a redução do custo da eletricidade para aplicações residenciais, comerciais e industriais!”, sugere o diretor geral da Apirac, que acrescenta que as Bombas de Calor constituem um forte argumento para que Portugal continue a apostar numa estratégia baseada em fontes de energia renovável rumo a uma economia neutra em carbono. Já Pedro Soares, diretor da Thermosite, revela que há dois vetores que estão a conduzir o setor do AVAC. Não só “uma população cada vez mais exigente com o conforto térmico e da qualidade”, mas, também, “a digitalização da sociedade está a verificar-se no setor”. Resultado? “O podermos controlar e monitorizar remotamente os sistemas, deixou de ser em situações pontuais, e é cada vez mais a realidade aplicada”. Na mesma linha, António Vieira, diretor-geral da Geoterme, considera que

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