BI333 - O Instalador

29 TENDÊNCIAS AVAC as novas tecnologias, as digitalizações, a inteligência artificial (IA), começam a estar presentes nos edifícios para responder aos desafios de descarbonização e transição digital.” Existe uma maior exigência técnica e de interoperabilidade entre sistemas técnicos e instalações o que traz uma maior necessidade de preparação e colaboração entre todas as entidades presentes nos edifícios. Um exemplo disso são os SACE que hoje em dia se tornaram indispensáveis – mesmo nos edifícios nos de menor dimensão”, constata. Face a isto, e tendo em conta os objetivos da descarbonização o diretor geral da Geoterme considera “será natural que a nova tendência venha a estar no parque de edifícios existentes”. Para António Vieira é “preciso olhar para as renovações destes edifícios como uma grande oportunidade para os tornar mais eficientes e atuais, não deixando o trabalho a meio”. A isto Nuno Roque acrescenta a relevância para as futuras inspeções aos sistemas técnicos no âmbito da regulamentação do Sistema de Certificação Energética dos Edifícios de Habitação, Comércio e Serviços. O diretor geral da Apirac considera este assunto como sendo da maior importância, já que os sistemas técnicos com potência superior a 70 kW estão sujeitos a um regime de inspeções periódicas. “Existem dezenas de milhar de instalações que deverão ter os seus sistemas inspecionados”, aponta. Pegando na questão (diga-se exigência) de uma maior eficiência (nomeadamente dos edifícios) Pedro Soares refere que se está a dar uma predominância das bombas de calor, sejam sistemas a água ou sistemas de expansão direta. “No fundo a tendência é de uma eletrificação dos sistemas, com uma queda dos combustíveis e sistemas de queima. Crescem também os sistemas de produção localizada, permitindo o autoconsumo fotovoltaico”, refere o executivo. A isto junta-se uma outra tendência, a da monitorização, mais precisamente através de “dos sistemas de controlo que permitam associar quase todos os equipamentos de AVAC das nossas casas”. E isto passa por se querer controlar, a partir de qualquer parte do mundo, os consumos, algo que também permite antecipar alguma falha do sistema. A um nível mais técnico, nos próximos anos, vão haver mudanças muito significativas. Esta é a opinião do responsável máximo da Trane em Portugal. Francisco Augusto que aponta que, “a nível de fluidos, que necessariamente irão alterar o tipo de unidades no mercado e a forma como trabalhamos” – o executivo fala em concreto de fluídos como o R290, que se está a generalizar. Fluídos esses que vão alterar “completamente a forma como as equipas técnicas vão lidar com estes produtos em obra e nas assistências”. Francisco Augusto explica que, nalguns mercados, os projetos irão trabalhar com temperaturas mais altas na produção, tendo como objetivo melhorar o rendimento das unidades e baixar os custos de explo-

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