31 TENDÊNCIAS AVAC Inicialmente a publicação do Regulamento estava prevista para o final de 2023 ou, quando muito, no início de 2024. “Recorde-se que o Plano de Ação para Bombas de Calor conterá recomendações e orientações sobre a forma de incentivar a adoção de Bombas de Calor sustentáveis para cumprir os objetivos da Lei Indústria de Impacto Zero e do Plano RePowerEU”, lembra Nuno Roque, que acrescenta que pretende-se atingir os objetivos climáticos da UE fomentando o desenvolvimento e implantação de tecnologias de descarbonização, para o que se estabeleceu o objetivo de instalar pelo menos 10 milhões de Bombas de Calor adicionais até 2027. Na mesma linha Nelson Ferreira refere que a Comissão Europeia (CE) estabeleceu políticas e diretivas abrangentes para promover a eficiência energética e reduzir as emissões de carbono no setor AVAC, nomeadamente: a Diretiva de Desempenho Energético dos Edifícios (EPBD), que determina que todos os novos edifícios devem ter energia quase zero até 2020, enfatizando a integração de fontes de energia renováveis e sistemas de AVAC de alta eficiência. Por outro lado, convém não esquecer, acrescenta, que também a Diretiva Ecodesign, um quadro que estabelece requisitos ecológicos obrigatórios para produtos relacionados com a energia, incluindo sistemas AVAC, para garantir que cumprem normas específicas de eficiência energética e ambientais. E por último, a Diretiva relativa às energias renováveis, na qual a CE adotou novas regras, incentivando a utilização de fontes de energia renováveis em sistemas AVAC. No fundo, “estas iniciativas visam descarbonizar o setor da construção, melhorar a eficiência energética e promover a adoção de tecnologias AVAC sustentáveis em todos os Estados-Membros”. Face a este cenário – atual e futuro – qual o papel e entidades como a Apirac e de fornecedores como os questionados? Quanto à Associação, Nuno Roque lembra que, nos últimos anos, a Apirac tem entregue diversos contributos à Tutela, “que procuraram sedimentar o conceito de comunidade setorial protagonizado pela APIRAC, que engloba ainda a APIEF e o CENTERM”. O responsável máximo da Apirac acrescenta ainda que “a intensidade de contactos que fazemos com os nossos parceiros e decisores europeus na defesa do interesse das empresas portuguesas na regulamentação e legislação europeia com incidência no nosso Setor em Portugal, que se encontra em reformulação e revisão, assume particular relevância”. De realçar que a Apirac é uma associação setorial transversal e vertical, com mais de 500 empresas associadas distribuídas por todo o Portugal Continental e Insular, de todos os segmentos de atividade da cadeia de negócio e de variadas dimensões. “A cadeia de valor do setor representa 2.500 milhões de euros, o que corresponde a 1% do PIB nacional. São 25.000 postos de trabalho e 3% das exportações nacionais de máquinas”, constata Nuno Roque, que acrescenta que hoje há milhares de agentes de mercado orientados para a diminuição dos consumos energéticos, melhorando rendimentos, com responsabilidade ambiental e consagrando a satisfação no cliente final. Já no que concerne aos fabricantes, como aponta António Vieira, o papel é o de (neste caso, o da Geoterme) “apoiar o mercado com as melhores soluções SACE e estar presente nas várias instituições que ajudam a promover as melhores práticas e a esclarecer estes assuntos, como a comissão das empresas de SACE da APIRAC da qual somos atualmente presidentes”.
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