18 EVENTO fício foi aplicado piso radiante e um painel solar por habitação. BOMBAS DE CALOR E DESCARBONIZAÇÃO Francisco Fernandes, diretor técnico de Inovação e Desenvolvimento da Energie, centrou atenções no contributo das bombas de calor para a descarbonização dos edifícios. Depois de apresentar os números de vendas, que registam uma queda em 2023 após 10 anos de crescimento, revelou que “existem agora 23,96 milhões de bombas de calor instaladas nos edifícios europeus”, sendo que a meta está fixada em “60 milhões de unidades em 2030”. Francisco Fernandes lembrou que “as 24 milhões de bombas de calor instaladas na Europa evitam gases com efeito de estufa (emissões equivalentes) à retirada de 7,5 milhões de carros das estradas”, sendo que “as metas REPowerEU exigem que a quantidade de bombas de calor recentemente instaladas duplique a cada quatro anos. A EHPA estima que tal levaria a mais 60 milhões de unidades instaladas até 2030, em comparação com os 17 milhões (REPowerEU em 2021)”. Entre os benefícios da instalação de 60 milhões de bombas de calor na EU até 2030, Francisco Fernandes destacou “três milhões de empregos, queda de 46% nas emissões de CO2, redução de 40% nas emissões de Nox, crescimento de 2,5% da economia e 60 mil milhões de euros poupados em importação de energia”. TECNOLOGIAS PARA O FUTURO DO AVAC E IPRO Wim Gijbels, diretor de engenharia da Giacomini Benelux, apresentou as vantagens dos combustores a hidrogénio na produção de calor. O setor da construção olha para o hidrogénio como uma solução eficiente e sustentável para a climatização e aquecimento de águas. Wim Gijbels apresentou um projeto inovador no Benelux, que usa esta fonte de energia limpa. O projeto InnovaHub District utiliza o hidrogénio como recurso energético, com a gestão a ser assegurada através de inteligência artificial, tornando o sistema de aquecimento/arrefecimento dos espaços e de calefação das águas mais eficiente e sustentável. Desta forma, o hidrogénio permite às autarquias, projetistas e indústria adaptarem-se às atuais exigências europeias em matéria de descarbonização. Para Vasco Silva, diretor-geral da Giacomini Portugal, “há soluções inovadoras já testadas com êxito noutros países europeus, como é o caso da Bélgica e dos Países Baixos, que podem ser facilmente replicadas em Portugal. O Hidrogénio verde é o futuro”, destacou. Após o coffee break, José de Matos, secretário-geral da APCMC - Associação Portuguesa de Comerciantes de Materiais de Construção, abordou o setor da construção e o futuro da eficiência energética, destacando que o principal problema em Portugal é a falta de dinheiro: "ou não se tem dinheiro para aquecer/arrefecer as casas ou há falta de eficiência nas casas”. Destacou ainda a falta de profissionais no setor da construção e deu a conhecer o IPRO – Instituto para a Promoção dos Profissionais da Construção, para aumentar a atratividade do setor. Uma iniciativa “dos agentes de mercado para promover e reconhecer as qualificações e atividades profissionais que sejam consideradas de interesse, que se soma ao reconhecimento oficial de competências profissionais obtidas pela formação ou pelo sistema de RVCC”. Este reconhecimento culmina com a emissão de um cartão personalizado, no qual é inscrita a atribuição de competências ao candidato, por parte do IPRO. Já perto do fim, Diogo Duarte, do departamento de engenharia da Giacomini Portugal, apresentou várias tecnologias para o futuro do AVAC: caldeiras a hidrogénio, AQS com booster plate e equilíbrio dinâmico. “Temos de arranjar tecnologias que permitam maximizar o conforto e diminuir os custos”, lembrou. Aproveitou a ocasião para dar a conhecer o projeto Hydrogem 5, um protótipo para o futuro que vai ser apresentado em março, na feira de Frankfurt. Isto porque, na sua perspetiva, “o futuro do AVAC passa por um mix energético e de várias tecnologias através de fontes renováveis”. O evento terminou com Ana Rodrigues, psicóloga e professora convidada da Universidade do Minho a lembrar a importância de prestar atenção às nossas emoções através da palestra Inteligência emocional nas empresas, na vida e no futuro sustentável. n
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