EDITORIAL Entre os vários desafios que preocupam o setor, seja a falta de mão de obra qualificada – segundo a APIRAC são necessários cinco mil trabalhadores só para responder aos desafios energéticos na indústria térmica – ou os prazos de implementação das políticas de desempenho energético no setor da construção, está o mercado das bombas de calor. A quebra de vendas lançou o alerta e, nos dados divulgados pela EHPA, a Associação Europeia de Bombas de Calor, é possível verificar uma quebra de vendas de 23% em 2024. No total, foram vendidas 2,1 milhões de unidades em 14 países analisados, comparativamente às 2,7 milhões registadas em 2023. Este abrandamento afetou diretamente o setor, levando à eliminação de quatro mil postos de trabalho e à redução de horário laboral para mais de seis mil trabalhadores. Em Portugal, o mercado de bombas de calor também registou uma contração, ainda que menos acentuada. No dossier que publicamos sobre o tema, Nuno Roque, diretor-geral da APIRAC, aborda a redução do IVA, mas só até 30 de junho deste ano. “Poderão ser anunciadas medidas de apoio ao investimento pelo Governo, mas que não têm tradução, para já, em matéria de IVA. Aguardemos com enorme expectativa”, lembra Nuno Roque. Outro evento aguardado com expetativa é a Tektónica, que regressa à FIL de 10 a 12 de abril. José Paulo Pinto, gestor coordenador do evento, explica porque “a Tektónica é muito mais do que uma feira da construção”, o porquê da passagem de quatro para três dias, bem como o lançamento de dois novos setores, o muito aguardado Smart Building e o Prémio Tektónica Inovação. Na segunda edição do ano da revista O Instalador destacamos ainda dois eventos que marcaram o setor: o Congresso Internacional da Giacomini dedicado aos 'Edifícios do Futuro', que destacou o hidrogénio como uma solução eficiente e sustentável para a climatização e aquecimento de águas, e a primeira Tarde Técnica da EFRIARC, que mostrou o que de melhor se pratica e comercializa no mercado de AVAC&R. Boas leituras. Desafios e oportunidades António Carias de Sousa reeleito presidente da Ordem dos Engenheiros – Região Sul António Carias de Sousa foi reeleito presidente do conselho diretivo da Ordem dos Engenheiros Região Sul (OERS) para o mandato 2025-2028. A Lista RA venceu as eleições com uma estratégia assente em quatro vetores: valorizar, prestigiar, atrair e agilizar. A sua equipa conta ainda com Elisa Maria De Jesus Da Silva como vice-presidente, Rita Moura como secretária e Pedro Coelho como tesoureiro. Carla Melfe, Daniel Silva e Susana Serôdio vão desempenhar cargo de vogais, no Conselho Diretivo da Ordem dos Engenheiros Região Sul. A Assembleia Regional será presidida por Lídia Santiago, acompanhada por António André e João Almeida Fernandes, como secretários. António Carias de Sousa reforça que a missão de 'Valorizar Engenheiros para Valorizar Portugal' se mantém, e adianta que "a confiança demonstrada pelos nossos colegas reforça o compromisso desta equipa em liderar a OERS, enfrentando os desafios do futuro – da transformação digital à sustentabilidade – com a experiência e conhecimento que nos caracterizam. Através do nosso programa, focado em valorizar, prestigiar, atrair e agilizar, continuaremos a trabalhar para uma engenharia portuguesa próspera e uma sociedade mais desenvolvida’. Para prestigiar a engenharia, a equipa aposta na criação de parcerias estratégicas e na valorização da experiência dos engenheiros seniores. A atração de novos talentos será promovida através de programas de mentoria, iniciativas de acolhimento para novos membros e a promoção da igualdade de oportunidades e inclusão.
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