BI298 - O Instalador

70 RENOVÁVEIS | FOTOVOLTAICO Fotovoltaico em sistemas descentralizados, próximos e integrados com o consumo Hoje em dia é um facto assente que as metas a que o nosso País se comprometeu para a descarbonização da economia e a transição para uma neutralidade carbónica implicam o aproveitamento cada vez maior do potencial renovável endógeno, em todas as suas vertentes e em todo o território nacional. Neste contexto, a produção solar foto- voltaica apresenta-se comum enorme potencial de crescimento. A significativa redução de custos que se tem verifi- cado nos equipamentos, associado ao grande potencial solar existente no nosso País, contribuem para que as expectativas de crescimento da produção fotovoltaica sejam eleva- das, tanto em grandes projetos de produção centralizada, como na sua complementaridade com os vários modelos de produção descentralizada. Enquanto as caraterísticas próprias da produção centralizada reservam ao cidadão comum, à esmagadora maioria das empresas e outras ins- tituições, o papel de consumidor e geram impactos não desprezáveis no modo como ocupam o território, a produção descentralizada, pela sua proximidade, temo potencial de trans- formar o consumidor também em produtor: o 'prosumer'. Deste modo, a pequena produção descentralizada é aquela que tem um papel mais relevante no desen- volvimento económico local, pelo potencial de substituição das necessi- dades de compra de energia na rede pela produção própria na proximi- dade, com a flexibilidade de poder ser dimensionada às necessidades, com um perfil de produção que muitas vezes se adequa quase na perfeição às necessidades de consumo, e adap- tando-se a várias escalas, servindo tanto a particulares, como a peque- nas e médias empresas, Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS’s), coletividades, ou a autar- quias e outros serviços públicos. Este é também o modelo de produção fotovoltaica que, ao aproveitar os espa- ços 'livres' existentes em coberturas, causa menos impactos ambientais, podendo o seu impacto visual em ambientes urbanos ser minorado pela correta seleção dos locais de insta- lação, e do modo como esta é feita. Esta inserção e dispersão no ambiente urbano tem também como externa- lidade positiva a criação de emprego qualificado ao nível local. S.ENERGIA Agência Regional de Energia - Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete

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