BI305 - O Instalador

ENTREVISTA 43 que Portugal detém atualmente a presidência da FAIAR, através da Engª Odete de Almeida, e que só no último dia do CIAR 2022, é que se fará a transição dessa presidência para a AMERIC, associação nossa congénere do México. Obviamente que o mandato de dois anos não se esgota neste desígnio, pelo que pretendo concretizar várias ideias que me parecem lógicas e oportunas. Por exemplo, está na altura da EFRIARC, uma associação de profissionais, passar a ser gerida de um modo profissional, ou seja, a tempo inteiro. Obviamente que esta não é tarefa fácil, uma vez que está dependente de disponibilidade financeira. Por outro lado, há que dar um salto quantitativo em termos de massa associativa, incluindo junto dos jovens estudantes. Está em estudo a criação do NE-EFRIARC: Núcleo de Estudantes da EFRIARC (e respetivos docentes) dentro das instituições de ensino superior universitário e politécnico de norte a sul do País. Ainda neste âmbito tentaremos também reimplementar a realização periódica de Encontros de Climatização e Refrigeração, reunindo estudantes das Universidades e Escolas Superiores de Engenharia. Um projeto que ficou inacabado no mandato anterior é o da criação do novo website da EFRIARC, dotado de funcionalidades avançadas, que permitam aos associados um acesso a conteúdos reservados tais como inscrição em eventos, descarga de certificados de participação, visualização e/ou descarga de documentos de trabalho em curso ou já finalizados, registo vídeo de eventos já realizados, pagamentos de quotas, etc. Por último, tentaremos que os próximos processos eleitorais se façam de uma maneira mais ágil, reformulando no que for preciso os regulamentos e implementando um sistema de votação à distância que permita dar igualdade de oportunidades aos associados que vivam fora de Lisboa. Como avalia o segmento do Frio Industrial, Refrigeração e Ar Condicionado atualmente em Portugal e que impactos teve a pandemia no setor? Antes de mais quero dizer que, como académico de profissão, ainda por cima numa instituição de ensino superior público da Beira Interior, tenho uma visão muito limitada do setor, pelo que a minha avaliação apenas pode ser feita como resultado de conversas esporádicas com alguns profissionais de diferentes áreas. Curiosamente, praticamente não tenho ouvido falar da falta de trabalho. Ouço sim falar de um aumento, porvezes, muito significativo de trabalho, mas trabalho esse feito com condições mais adversas, nomeadamente por "Ultimamente, e graças ao Plano de Recuperação e Resiliência, parece estar a haver um aumento excecional de trabalho dos projetistas, até mesmo ultrapassando a capacidade instalada, o que em breve, espera-se, se venha a alastrar ao resto do setor quando esses projetos forem aprovados e passarem à fase de concretização" haver quebras na cadeia de fornecimento de equipamentos e de sobressalentes. Também sinto que, muitas vezes, o trabalho é inglório, no sentido em que apesar do grande esforço envolvido, não aparece o desejado resultado final, seja sob a forma da adjudicação da obra, seja do malfadado pagamento (entenda-se, a horas e com margens de lucro minimamente aceitáveis). Ultimamente, e graças ao Plano de Recuperação e Resiliência, parece estar a haver um aumento excecional de trabalho dos projetistas, até mesmo ultrapassando a capacidade instalada, o que em breve, espera-se, se venha a alastrar ao resto do setor quando esses projetos forem aprovados e passarem à fase de concretização. Quais as principais dificuldades que as empresas sentiram e que ainda são evidentes? Tal como disse anteriormente, as quebras nas cadeias de fornecimento constituem, a meu ver, uma dificuldade sentida pelas empresas, não só no nosso setor, mas que é transversal a outros setores. De que forma a EFRIARC tem sido decisiva no apoio aos associados e que metas tem ainda pela frente? Acho, sem qualquer modéstia, que a nossa ação durante a pandemia se traduziu num apoio importantíssimo aos nossos associados, tanto mais não seja porque mostrámos que era possível continuarmos as nossas vidas profissionais, até com um incremento significativo de atividades (sob a forma de cerca de 30 webinares). Nalguns destes eventos foram apresentadas e/ou discutidas formas de orientação para lidar com a pandemia.

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