BI305 - O Instalador

ENTREVISTA 45 de combate, resiliência e solidariedade face à pandemia. Nessa altura, alterámos as nossas rotinas e conseguimos responder aos desafios do momento através da realização de webinares, por vezes a uma cadência quinzenal, abertos a associados e a não associados. Para trás ficaram os planos que tinham sido delineados em outubro de 2019, que não só passavam pela realização dos eventos tradicionais (Tardes Técnicas, Seminário de outono, Jornadas da primavera, etc.) mas também pela criação de um/dois cursos de formação. Neste início de 2022, por acharmos que já fizemos o nosso papel e por estarmos a entrar num novo ciclo commenos constrangimentos, alterámos o rumo e estamos a focar- -nos mais para dentro. Continuaremos a fazer webinares, mas com menor periodicidade e os mesmos deixaram de ser gratuitos para não associados. Assim que as condições o permitirem, retomaremos algumas das atividades tradicionais como as Tardes Técnicas e o Seminário de outono. Descobrimos (da pior maneira) uma forma de termos connosco os associados da EFRIARC que vivem/trabalham longe de nós. Se nos últimos anos já se fazia um esforço para replicar, no Norte e no Sul, as Tardes Técnicas que se realizavam em Lisboa, agora vamos conseguir proporcionar aqueles que estão em Bragança, em Faro ou nas Regiões Autónomas (oumesmo no estrangeiro) a possibilidade de também participarem nestes eventos. "Neste momento, o CIAR 2022 é, sobretudo, a primeira grande oportunidade dos profissionais do setor AVAC&R se reunirem presencialmente após estes dois anos de afastamento social" PERFIL Luís Neto é doutor em Engenharia Mecânica pela Universidade de Coimbra (2006) e Mestre em Ciências da Engenharia Mecânica pela Universidade de Coimbra (1983). Licenciado em Engenharia Mecânica (ramo de Termodinâmica e Fluidos) pela Universidade de Coimbra (1986) conta com uma Pósgraduação em Redes e Instalações de Gás Natural pela Universidade de Coimbra/Instituto Pedro Nunes (1999). É membro da EFRIARC desde 2000, da ASHRAE desde 1999 e membro da Ordem dos Engenheiros (Colégio de Engenharia Mecânica) desde 1986. Na vida académica, é professor adjunto na Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Castelo Branco desde 1999, local onde leciona unidades curriculares e orienta projetos finais à licenciatura em Engenharia Industrial e à licenciatura em Engenharia das Energias Renováveis. Exerceu o cargo de vice-presidente da EFRIARC na anterior direção (entre outubro de 2019 e outubro de 2021), tendo sido eleito em outubro passado presidente, cargo que ocupará por dois anos, até outubro de 2023. Após o CIAR 2022 retomaremos os trabalhos de preparação de um primeiro curso de formação, em que o tema, os formadores e a carga horária ainda estão por decidir. Advogo que este primeiro curso seja de curta duração (inferior a 40 horas) e não prevejo que o consigamos concretizar antes de 2023. Outra das ideias que pensamos executar é o da promoção de visitas técnicas com os nossos associados (mas abertas a não associados) a obras e instalações que só são conhecidas de alguns (os que as projetaram e/ou os que as contruíram). Estas visitas servem não só para alargar horizontes (imagino as pessoas da área da climatização a perceberem um pouco melhor os requisitos e as exigências da refrigeração industrial e vice-versa) mas também como momentos de descontração e de confraternização que tanto ansiamos. Quais as principais necessidades que os profissionais têm ainda nesta matéria? Que tipo de formação é essencial e em que setores se revela mais importante? Como académico, sinto que a necessidade de formação se situa nas camadas mais jovens. A adoção dos planos de Bolonha obrigou-nos a condensar (para não dizer cortar) muitos conteúdos programáticos, e isso traduz-se numa formação que é muitas das vezes de banda larga, mas que por vezes deixa de fora aspetos práticos que deviam ser aprofundados e/ou sedimentados.

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